segunda-feira, junho 04, 2007

segundo de junho

Fomos até Hanzoumon, no Theatro Nacional para assistir uma "aula de kabuki". Eu não sabia até o momento porque era uma "aula", mas depois que o apresentador entrou e começou a falar, deu para ver que não seria apenas uma apresentação.
Ele explicou os aspectos mais básicos do Kabuki e principalmente sobre o palco. Como eu estava pesquisando sobre isso, facilitou o entendimento.
Nós, da Universidade de Chiba, ganhamos o ingresso de graça, mas eu percebi que não éramos os únicos. Nós ficamos em um lugar muito bom (que normalmente custaria uns 5000 ienes, pelo menos), mas as 9 primeiras filas estavam tomadas de crianças com o uniforme do colégio de quem está cursando o ginásio (detalhe que eu só tinham meninas...)
Em um momento, o ator que estava explicando chama duas meninas para cima do palco, para entrar na casa do personagem principal, e lá ele explica todos os cômodos e como eles serão usados durante a peça. Olhando da distância que eu estava, parece até uma fachada completa de uma casa, com tudo funcionando mesmo.
A peça começou e eu entrei completamente no clima da estória. Não era uma das mais interessantes, era meio dramática, mas como eu estava com um guia em inglês, eu entendi a peça toda (pela primeira vez) e realmente o que as pessoas acham cansativo, eu acho que é só porque não entendem a estória. Não posso culpar ninguém, é difícil mesmo, e se não fosse o guia em inglês, eu ia estar muito perdido durante a peça.
Esqueci de dizer que enquanto o ator estava explicando no início, teve um terremoto. Fazia tempos que não tinha um terremoto por aqui (desde janeiro eu acho), mas não foi forte, e nem sei se o cara sentiu, só sei que ele continuou a explicação amarradão.
Com o fim da peça, nós nos apressamos pois tínhamos que nos preparar para a festa oficial de aniversário do Javier no Outback em Makuhari (originalmente iria ser em uma churrascaria brasileira em shibuya...)
Chegamos aqui às 7 da noite, faltando 30 minutos para sair, pois como iríamos de bicicleta, levaríamos uns 30 minutos até lá (reserva para as oito).
Nos arrumamos rápido mas saímos atrasados, como de costume.
Fomos quase correndo até o lugar, e acabamos chegando junto com as pessoas que saíram 10 minutos antes de nós.
O Francisco (cubano) tinha reservado 20 lugares, mas acabou indo 30 pessoas, então ficamos em 2 mesas diferentes. Tudo correu bem, nós matamos nossa fome de carne, eu bebi muitos refis de sprite, pois eu sabia que dali nós iríamos para a praia de Makuhari e ficar até tarde lá, então para não gastar mais dinheiro (outback é muito caro) eu resolvi tirar proveito dos meus refis, mas acabou não caindo muito bem.
Fomos para a praia e lá nós brincamos com uns fogos de artifício (japoneses costumam fazer esse tipo de programa no verão)
Não se pode dizer que a praia é suja, pois não tinha nenhum lixo visivel, mas a areia marrom e dura, com muitas conchas espalhadas, não dava uma impressão de limpeza.
Como o vento estava forte lá e o pessoal estava começando a sentir frio, o José e o John pegaram uns pedaços de pau, aparentemente sobras de alguma construção, e fizeram uma fogueira.
Nós ficamos conversando ali por um tempo, fazendo experiências perigosas com fogos de artifício, mas não rolou nenhuma história de terror, embora o lugar fosse absolutamente propenso a esse tipo de papo, pois não tinha NENHUMA iluminação além da luz da lua.
As pessoas mortas de cansadas, mesmo pensando no longo caminho de 30 minutos de bicicleta, foram aos poucos voltando para casa. Por fim eu, Louise (a brasileira que chegou esse semestre), Francisco, Javier (o aniversariante) e Magdalena (americana) apagamos a fogueira e voltamos para casa.
Cheguei aqui e já estava sol, mas ainda eram 4 e meia da manhã. Tive que tomar um banho para tirar a areia, mesmo sabendo que em poucas horas eu ia ter que acordar para me arrumar para o último dia do décimo aniversário do AREA.

Ouvindo: Shenmue Jukebox - MJQ

2 Comments:

At 12:30 AM, Anonymous Anônimo said...

Porra, lual aé é bem mais divertido (e menos perigoso) que aqui ein xD

Brincar com fogos de artificio e fazer lareira *.*

E vc foi no otuback =D

 
At 3:15 AM, Blogger Z. said...

O lual é quase a mesma coisa, só a quantidade de pessoas bebendo que era maior (pq a quantidade de bebida era a mesma, saca?)

e fogos de artifício são perigosos mas são tão legais...

pena que a praia era feia pra caralho, mas realmente não tinha uma alma viva além de nós (e nem iluminação). Praia particular

e sim, eu fui no Outback...
lugar caro dos infernos, mas comi bem

 

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