quinta-feira, março 29, 2007

√eight

Holiday Shinjuku 27 de Março
(vista do prédio dos "hosts" com o Holiday Shinjuku no subsolo)
show de √eight com a banda メガメガ(megamega) como banda de abertura.
Não conhecia essa banda, eles até são bonzinhos, mas mesmo assim não conseguiram levantar a platéia.
O show estava previsto para começar às 18:30, mas deve ter atrasado uns 20 minutos. Entrando com Going Under do Evanescence e tocando 7 músicas dentro de aproximadamente 40 minutos, os 4 integrantes da メガメガ bem que tentaram levantar as cerca de 50 pessoas dentro do Holiday Shinjuku, mas o show seguiu com as mesmas 5 meninas coladas na grade durante todo o tempo, a não ser quando eles mandaram todos sentarem, o que foi uma boa estratégia, pois depois que todos os 7 que estavam em pé (as 5 meninas da grade, eu e mais uma outra menina) se sentaram e ouviram uma música inteira, o vocal mandou todos ficarem de pé novamente, e aos 7 de antes se somaram mais uns 3. O povo devia estar poupando energia.
O show acabou e eu fui tentar comprar o "illational" (full album do √eight) pro totoro, e foi aí que eu vi que tinha um papel colado no poster do cd, escrito "sold out" pra qualquer gringo burro que não saiba japonês não ter nenhuma desculpa para ir lá perguntar. Pra disfarçar, já que eu já tinha saído do meu lugar no canto direito da área do público, eu fui pegar minha bebida com meu DRINK TICKET, mas o bar ficou fechado acho que durante o tempo todo. Só vi uma staff do √eight indo lá pegar uns copos d'água, umas 4 vezes...(acabei não bebendo nada e trouxe o Drink Ticket, no valor de uns 500 yenes, pra casa de recordação)Só pra eu não ficar perdido no meio do caminho, ou dar meia volta e voltar para o meu cantinho, nessa hora eu vi o Elec, um americano que o totoro tinha me falado que iria no show. Digo, pelo menos eu achava que era ele, pois era o único gringo ali além de mim. Fui lá falar com ele, e era ele mesmo. Ele tem um site sobre os shows que ele vai ( http://eleclutier.blogspot.com ), e me mostrou várias fotos dele, principalmente com as meninas do Danger Gang.
O intervalo entre as duas bandas foi muito curto, então nós interrompemos o assunto para prestar atenção no show.
A banda entrou e, como era a primeira vez que eu estava vendo eles, percebi de cara que não era uma banda convencional de visual. O vocal estava me lembrando muito o Kyo do Dir en Grey na época do The Final, mas com um visual muito menos elaborado e de cavanhaque. Ele ainda tirou a camisa logo no início do show e bateu com o microfone no peito, mas ele fez outras coisas fodas e mais criativas também no decorrer do show. Gostei da presença dele.
O guitarrista era gordo e tinha um sorriso medonho, e como era só ele de guitarrista e ele ainda errou várias vezes, as músicas ficaram bem diferentes das versões do cd.
O baterista era igual ao NOISE do sex machineguns. Sem mais.
O baixista era igualmente feio e não demonstrou ser nada de mais, mas também, nada de menos.
Eles entraram com a música "Fake" um pouco prolongada, e na mesma hora todas as meninas dentro do Holiday Shinjuku começaram a pular. Elas pulam, abrem os braços, entortam as pernas e se esbarram. É engraçado parando para ver indivudualmente, mas vendo no geral fica bem interessante.
O show seguiu basicamente, como eu esperava, na porradaria. Eu só tinha ouvido o "illational" deles, mas concluí que 80% das músicas deles são pesadas.
Com poucas palavras nos intervalos das músicas e só umas 3 músicas com enrolação (uma delas bem grande) o show foi continuando, passando das 20:30, horário que eu achava que estaria acabando, e por isso combinado de encontrar com a minha amiga na estação de Shinjuku. Logo hoje eu marquei algo depois do show, e estando no segundo andar do subsolo, não tem sinal no celular, logo eu não poderia mandar nem receber e-mails ou telefonemas, e se eu sair do lugar, eles não permitem reentrada. Mas eu não ia perder o resto do show por causa disso.
Depois eu peço desculpas.
Apesar de eu estar parado (como eu normalmente fico nos shows aki), eu estava gostando muito do show, mesmo ouvindo mais da metade das músicas pela primeira vez (a impressão que eu tive foi que eles não tocaram nem metade das 13 músicas do "illational"). Era eu e o Elec no fundo, pois éramos os mais altos e não queríamos incomodar ninguém, mas acabamos ficando na frente da câmera que estava filmando o show. Acho que chamamos atenção mesmo assim pois os integrantes vira e mexe vinham chamar agente pra "participar" do show.
Primeiro falso fim de show. Um cara na frente do palco com a camisa da turnê (?) do √eight grita praticamente sozinho "ANKORU!! ANKORU!!". O Elec até comentou comigo que esse era o "ankoru" mais fraco que ele já tinha visto. Eu olhei em volta e vi as meninas com cara de esgotadas (pularam e bateram cabeça o tempo todo), meio que sem forças mesmo para pedir um "ankoru". Os integrantes demoraram tanto a voltar que eu achei que eles tinham desanimado por causa do fraco "ankoru", mas eles voltaram, de roupas trocadas (o vocalista com a mesma camisa que o cara que estava gritando) e anunciaram que hoje tinha um presente surpresa para todos que vieram ao show, que era para que não esquecêssemos de pegar na saída. Achei que fosse um cd com música nova, mas realmente não tinha como saber.
Nesse primeiro "ankoru" aconteceram duas coisas que não se vê todo dia:
1- o vocalista se pendurou com os pés em uma das barras no teto do palco e cantou de cabeça para baixo.
2- o guitarrista jogou uma palheta na direção de uma menina de camisa rosa. Essa viu a palheta caindo mas não conseguiu achar no chão. A menina atrás dela viu, pegou a palheta e entregou para a menina de rosa. Eu ficaria com a palheta pra mim...
Mais uma vez um falso fim, e mais um "ankoru" fraco. Já eram mais de 21:30 e o Elec até comentou comigo "chega uma hora que eles ficam sem música", e foi exatamente o que o guitarrista falou quando entrou: "ces querem o que?? Já não tem mais o que tocar". Esse foi o intervalo mais longo, onde eles falaram várias coisas, fizeram alguns anunciamentos, zuaram dizendo que por não ter mais músicas para tocar eles iriam tocar Sadistic Desire, e o baterista até começou a música, mas óbvio que não rolou. Era óbvio que tudo era encenação, mas eles se reuniram e disseram que decidiram as 3 últimas músicas do show. Só lembro que a primeira das 3 foi "koufuku datta hibi" e a última do show foi "akira". Pelas minhas contas, foi um total de 28 músicas, 2 horas e 40 minutos de show aproximadamente, terminando perto das 22:10. Não sei de onde eles tiraram 28 músicas, mas pode ter rolado alguma nova que eu não soube.
Acabado o show eu me despedi rápido do Elec e fui encontrar com a minha amiga com quase 2 horas de atraso...
Sobre o presente surpresa e os anúncios, estava tudo relacionado. Eles falaram que agora vão ficar um mês sem dar shows, e a razão disso é que eles estão gravando material novo e pretendem entrar em turnê nacional (de Hokkaido à Okinawa, segundo eles) depois de lançar, e também que essa turnê vai contar com a presença de um novo integrante na banda. Não vai sair ninguém, só vai entrar um novo guitarrista chamado RYO, e esse era o nosso presente:um cartão postal com a foto dos 5 juntos (4+1=8). O RYO é o do canto esquerdo embaixo.
Eu sempre pegando bandas em época de mudanças, mas acabei recebendo um cartão com a impressão borrada. Merda.
O show foi muito bom, e se eles melhorarem o site deles, têm tudo para ganhar fama.

Ouvindo: Aile - Brilliant tears

domingo, março 25, 2007

Osaka + Oto-oni

Viajei para Osaka no último fim de semana para passar 4 dias lá
O principal motivo da minha viagem foi o show da banda Oto-oni no dia 17 de março, pois eu já tinha reservado meu ingresso.
Fui dia 17 de manhã de shinkansen
(tem "aeromoça" dentro do shinkansen)
até a estação Shin-osaka, de lá fui para o meu "hotel", que na verdade era uma pensão de coreanos que não falam muito bem japonês. O lugar era bom porque era barato (2000 yenes a diária) e o quarto bem espaçosoo problema é que o quarto era muito frio e não tinha chave pra trancar...
O lugar era muito esquisito, parecia uma casa grande com muitas pessoas morando lá, sendo que todas só falam coreano (tirando meus dois amigos que falam coreano e japonês) e que as únicas duas pessoas que eu conhecia, eu não encontrava nunca.

No primeiro dia só fui lá deixar minhas malas e depois fui passear.
Visitei o templo Shitennou,o Teatro Nacional de Bunrakue a famosa Doutonbori, onde ficam alguns dos restaurantes ícones da cidade de Osaka.Eu comi em um restaurante de okonomiyaki dessa rua, e estava tão bom que eu pedi dois...

Terminando de comer, essa rua era no caminho pro lugar do show do Oto-oni, que abriria as portas às 17:30, e como já eram quase 17 horas, eu fui logo pra dar uma folga caso eu me perdesse...
Ainda bem, porque eu anotei todas as referências, o endereço completo, marquei no mapa, mas esqueci o nome da casa de shows...
Sorte que no endereço estava dizendo que era no 5o andar e eu tinha insistido em escrever o nome do prédio (que era com um kanji IMPOSSÍVEL de se escrever pelo celular, mas que na verdade se lê "furansu" de "França").Sorte também que tinha uma mulher da casa de shows que montou uma "recepção" no primeiro andar.
Subi para o 5o andar e a fila de espera para entrar era nas escadas do 4o para o 5o andar.
Parecia meio vazio. Fiquei lá esperando enquanto me distraía com meu mp3 player (que eu lembrei de levar dessa vez) e com um cara do outro lado da rua, que ao meu ver, estava brincando com uns cones em um estacionamento.
Depois de entrar na casa de shows, percebi que eu era realmente um dos poucos homens ali, e o ÚNICO não-japonês.
A casa foi enchendo aos poucos e o show atrasou mais de meia hora pra começar.

Set list:

01. Intro
02. 月影浪人 (getsuei rounin)
03. 狼 (ookami)
04. 巣喰われ神 (sukuwaregami)
05. 孤独の代償 (kodoku no daishou)
06. 泥と種 (doro to tane)
07. 硝子の掌 (garasu no te no hira)
08. 足跡 (ashiato)
09. 漆黒 (shikkoku)
10. 凩 (kogarashi)
11. 一途ひとひら (ichizu hitohira)
12. 祈り (inori)
13. não conheço
14. 隙間風 (sukimakaze)
15. 礫塊 (tsubute katamari)
16. 旅 (tabi)
17. 暁月夜 (akatsukiya)
18. 吼ゆる民 (hoyuru tami)
19. 愚者 (gusha)
ENCORE I
20. 龍 (ryuu)
ENCORE II
21. 零の地獄 (zero no jigoku)
22. 歌舞伎者賛歌 (kabuki mono sanka)

No intervalo do segundo encore, os membros anunciaram que o baixista Yuusuke e o baterista Tomohiro estavam se apresentando pela última vez com a banda Oto-oni, o que já estava escrito há um tempo no site deles e um dos motivos de eu ter me despencado até Osaka praticamente só para ver um show deles. A novidade foi que o baterista está saindo para fazer parte da 秘密結社コドモA (himitsu kessha kodomo A), mas o baixista parece que não tem algo muito definido ainda.

No final do show eu tentei ir para o backstage para tirar uma foto com os integrantes, mas só me permitiram levar um cd para autografar, o "sakihokoru hana no gotoku", um dos 5 que eu tinha comprado antes do show.Acabado um longo dia, eu voltei andando para a pensão, porque as estações de JR quase não existem, o metrô é tão caro (preço mais barato, 200 yenes) e as estações ficam tão longe de tudo, que entre pagar 200 yenes para andar ou andar de graça, eu preferi a segunda opção.
Cheguei na pensão umas 10 da noite, tomei um banho e, como eu tinha dormido pouco na noite anterior, só fiz um apanhado do meu dia (gastos), conversei uns 10 minutos com a Ji Young (que veio no meu quarto) e depois fui dormir.

No dia seguinte (dia 18) eu fui conhecer o lado tradicional de Osaka, visitando o Museu de História de Osaka que fica do lado do prédio da NHK.Muito interessante o esquema do museu, que usa vídeos, maquetes e algumas informações em multimidia para atrair o interesse das pessoas, principalmente das crianças.
Cada andar (do décimo ao sétimo andar) representava uma época na história de Osaka, com alguns manequins que ficam em áreas de circulação de visitantes, então se pode ver bem de perto como eram as roupas e a estatura dos japoneses antigamente (a estatura foi o que mais me chamou a atenção).
Saindo de lá eu fui para o castelo de Osaka, que tem uma área enorme. Em frente à entrada castelo tinha um grupo de Rockabilly dançando ao som do escandaloso amplificador deles.
O castelo era tipo um museu também, pois dentro da torre principal tinham dados sobre a história do castelo, de como ele foi reconstruído várias vezes desde o século XVI, e em outros andares tinham armas e armaduras que foram usadas pelos soldados e generais que viviam na área do castelo. Infelizmente era proíbido tirar fotos dentro do castelo, mas era muito bonito.
Saindo de lá eu pretendia ir até a estação de Umeda (colada na estação de Osaka) para tentar chegar ao Observatório do Jardim Flutuante a tempo do pôr-do-sol, mas os trens são lentos e as estações muito grandes, então acabei chegando lá tarde demais. Felizmente o Holiday Osaka não era muito longe dali, então eu fui andando até lá para dar uma olhada na loja de cds deles.
Eu tive que andar um pouquinho, mas era um caminho reto e o Holiday Osaka ficava bem destacado, não tive problemas para achar.
Quando eu cheguei lá eu vi que estava tendo um festival com 4 bandas naquele momento (eram 6 da tarde, e o festival teria começado às 5:30 mais ou menos). As bandas eram P.S, Vanadum, 飴玉(amedama) e 子悪卵(koakutamago ??). Fiquei meio curioso para conhecer o cenário indie de Osaka, mas estava com um pé atrás sobre gastar dinheiro com esse evento.
Fui na loja de cds e eles tinham uns manequins com visuais de bandas famosas, como tinha na Like an Edison em Shinjuku. No caso da Like an Edison, eram os visuais do Nightmare, acho que anteriores ao que eles estão usando agora, mas na cd Holiday de Osaka tinha os visuais do Deg, que como eu não sei porra nenhuma, acho que eram da época do Kisou, ou mais antigos. Ainda tinha mais um que eu não lembro (tá me vindo Syndrome na cabeça, mas acho que não era isso).
Achei um cd de Kokushoku sumire lá e resolvi comprar para o toru e deixei de comprar o DVD do show do Vidoll que eu fui, mas isso tem aqui em Tokyo também, então depois eu compro. (vantagem do preço de capa que você não se preocupa em comprar onde está mais barato)
Enquanto eu estava rodando a loja de cds, eu estava ouvindo o som abafado do show lá dentro. Fiquei muito curioso, mais pra conhecer o Holiday Osaka por dentro do que pra conhecer as bandas. Resolvi entrar.
O Holiday Osaka é quase do mesmo tamanho que o Holiday Shinjuku, mas pareceu bem maior pois, contando comigo, tinham QUINZE pessoas assistindo o show, que na hora era do 飴玉, banda com 3 integrantes, bem ruinzinha, mas ainda com pose de visual. Não preciso nem dizer que mais uma vez eu era um dos poucos homens, e mais uma vez o único não-japonês assistindo.
Eu já tinha perdido a primeira banda que era a Vanadum, e eu ainda estava pensando em sair dali e ir para a Like an Edison, que não era muito perto, mas resolvi ficar para ver as outras duas bandas.
Segunda banda (terceira do dia): 子悪卵. Dois integrantes. E pior, os dois eram guitarristas. A banda me lembrou muito a pathé, e isso me deixou feliz porque eles eram piores que nós, mas tão animados quanto. No meio do show eu percebi que o guitarrista que não cantava era, na verdade, uma mulher....
Última banda do festival: P.S. Não entendi muito bem, mas parece que a banda estaria mudando de nome e de estilo depois desse show, e a nova formação não contaria com a atual tecladista, reduzindo o número de integrantes para 4. Banda que eu considerei muito monótona, e, não exatamente por isso, me lembrou muito as bandas brasileiras covers de J-Rock.

Show ruim, valeu a pena só para conhecer o Holiday Osaka e saber que existe uma TV Holiday. Pena que eu não tenho TV a cabo. Aliás, pena que eu não tenho TV.
Saí do show mais ou menos umas 20 para as 9 e fui andando no longo caminho até a Like an Edison. No total eu andei uns 3 km desde a estação de Umeda até a Like an Edison, perto da estação de Honmachi, e tudo isso pra pegar a Like an Edison FECHADA desde as 8 da noite.
Fui para a estação de Honmachi e peguei o metrô até a estação Doubutsuen-mae para ir ao SPA WORLD, que eu imaginava que seria tipo um "super sento" (casas de banho público) com áreas temáticas em cada um dos 6 andares do prédio. Realmente era isso, mas as áreas temáticas eram só no 6o e no 4o andar (não tinha um 5o), sendo no 6o a área da Ásia (Bali, Islam, Pérsia, Índia, Japão), o 4o, da Europa (Roma, Atlantis, Mediterrâneo, Espanha, Finlândia), o 3o área de restaurantes, o 2o o Lobby e o 1o uma área para relaxar, com poltronas e tvs. Fiquei muito decepcionado porque me mandaram direto para o 6o andar, que era onde tinha os guarda-volumes, e como eu estava com pouco tempo e queria entrar em TODAS as áreas, eu fiquei só uns 5 minutos em cada uma das banheiras, mas depois que eu saí do 6o andar e fui para o 4o, percebi que a área européia era só para mulheres. Ouvi alguém comentando que parece que variam as áreas dependendo do dia. Fui para o 3o na esperança de que seria mais um andar para homens, e foi aí que eu vi o mapa indicando tudo do prédio.
Achei meio pequeno, comparado com o que eu esperava, e aproveitei pouco por causa do tempo e da minha ilusão de um lugar maior, mas tenho que assumir que é muito bonito mesmo.
Saí de lá praticamente meia-noite, o que era um problema pois o pessoal da pensão tinha pedido para avisar com antecedência caso eu fosse voltar depois de meia-noite, e eu também não sabia o horário do último trem. Fui correndo e procurei a estação de Shin-imamiya, que era da JR, e mais perto que a estação de metrô Doubutsuen-mae. O problema é que a estação de JR de Nanba (lugar onde eu estava hospedado) era mais longe da pensão do que a estação de Metrô de Nanba, mas eu preferi não arriscar ir até o metrô e pegar ele fechado.
Cheguei na plataforma do trem que ia em direção a Nanba a tempo de ver ele fechar as portas e sair às 00:07. Próximo trem 00:33. Porra! Melhor eu ligar para a pensão, porque acho que eles trancam a porta da entrada depois de meia-noite. Fiquei meio sem graça e preferi ligar para a Ji Young para ver se ela poderia abrir a porta quando eu chegasse, caso estivesse fechada, mas ela prestativa como sempre pediu que eu ligasse para o pessoal da pensão e perguntasse para eles. Ela estava lá dentro já, era só andar até a sala, mas tudo bem, faça você mesmo.
Óbvio que rolou mal entendido porque eles não falam japonês direito, então o que era para ser só um aviso de que eu chegaria por volta de uma da manhã, passou a ser uma orientação desengonçada de como ir da estação de JR Nanba até a pensão. Eu tinha um mapa e sabia me localizar muito bem com ele, mas não quis ser grosseiro e preferi prestar atenção na orientação deles, que no fim não ajudou em nada.
Cheguei 10 pra 1 da manhã e eles estavam bebendo e batendo papo na sala, completamente alheios à hora, então fiquei aliviado que não fiz ninguém esperar por mim.
Já estava de banho tomado, então fui dormir para ir para o Universal Studios no dia seguinte com o ingresso que eu comprei no dia 17, na Lawson em Nipponbashi.Meu dia 19 de março se resumiu a me divertir sozinho na USJ, Universal Studios Japan.
As rides são exatamente iguais às da Universal Studios de Orlando, mas valeu para relembrar, pois já se passaram quase 8 anos desde que eu fui para lá.
De novidades só as performances ao vivo dos Blues Brothers, um grupo de dança de um posto de gasolina, um show de Rock dos monstros da Universal, o cinema 4D do Shreck, que eu até consegui ver um pouco as imagens saírem da tela, e a Hollywood dream ride, que é uma montanha russa que não tem muita coisa de especial, mas foi bem divertida ao som de Bon Jovi.
Fora isso, o de sempre, Terminator 2, Jurassic Park, Backdraft, Back to the Future e Spider-Man, que por sinal é REALMENTE genial. Melhor ride de todas da Universal.
A última que eu fui foi a do Spider-man, já correndo porque não estaria aberta por muito tempo (já eram quase 9 da noite). A vantagem foi só que a fila foi muito rápida.
Saí da Universal Studios mas ainda comprei umas coisas na Universal City, tipo uma camisa na Hard Rock e uns presentes em uma loja chamada Little Osaka, que de pequena não tinha nada.
Voltei para o hotel por volta de umas 11 da noite. Assisti uns programas de televisão (um deles muito engraçado sobre troca de casais) enquanto preparava minha mala para deixar a pensão no dia seguinte. Fui dormir umas 3 da manhã nesse dia.

Acordei umas 11 da manhã do dia 20, peguei minhas coisas, me despedi do pessoal da pensão (já tinha pago as diárias adiantado no primeiro dia) e fui com minha mochila e minha sacola de muambas para o porto de Osaka. Lá tinha um aquário enorme com vários tipos de peixes, aves e alguns mamíferos. Lugar bem grande e muito bonito. Me tomou quase metade do dia lá, e praticamente todo o resto do meu dinheiro, por isso eu não fui no Museu Suntory, do lado do aquário, onde estava tendo uma exposição de Dali...
Peguei o trem (mais uma vez JR) e fui para a estação de Osaka para finalmente ir no Observatório do Jardim Flutuante.
O lugar era meio longe da estação, e pelo mapa que eu tinha, não fazia idéia de como eu chegaria lá, mas como é um prédio bem alto no meio da cidade, era visível da estação, então foi só seguir visualmente que eu cheguei lá.
O jardim que tinha em frente ao prédio era quase surreal. Não tinham muitas plantas bonitas, mas a construção era fantástica.Assim como o prédio.Só me decepcionei de novo pois achei que seria gratuito para subir na cobertura do prédio (achei porque assim estava escrito no meu guia), mas custava 700 yenes, e isso foi o início do meu desespero, pois eu estava começando a ficar sem dinheiro nem para o metrô que eu ia ter que pegar até o terminal de ônibus que iria me levar de volta para Tokyo.
Subindo lá eu relaxei um pouco, tirando fotos da vista até o sol se pôr,mas tinha mais uma coisa que eu queria fazer antes de ir embora: tirar uma foto com o "kuidaore Tarou", um mascote de um restaurante da Doutonbori, que também é um dos símbolos de Osaka.
Consegui pegar o trem até a estação JR de Nanba (já que metrô é muito caro), mas tive que andar MUITO para chegar da JR Nanba até a Doutonbori.
Sorte que eu estava sem dinheiro para nada e com muito tempo livre, porque o guia que eu tinha era muito confuso, e eu me perdi na busca pelo Tarou. Consegui achar depois de uns 20 minutos rodando, e era MUITO PERTO do restaurante de okonomiyaki, onde eu comi no meu primeiro dia em Osaka.Aqui está a foto que uma simpática japonesa, com o carisma do povo de Osaka (diferente do de Tokyo) , tirou para mim. Eu e o famoso kuidaore Tarou.
Eu tinha pensado em comer algo lá, ou pelo menos tomar um refrigerante, mas era tudo muito caro, em todos os andares da loja. Meio óbvio se tratando de uma loja tão famosa.
Missão cumprida e com dinheiro apenas para a tarifa do metrô de Nanba até Nakatsu (terminal do ônibus) e de Shinjuku até Inage (assim que eu chegasse em Tokyo), eu fui procurar o terminal, já que o mapa na revista de turismo do lugar onde eu comprei a passagem era muito mal feito, e provavelmente me tomaria um certo tempo para achar.
Fui com toda a calma do mundo, e quando eu estava chegando perto, dou de cara com ESSE prédio:
(lá em cima está escrito "ESP Entertainment")
Cagada não? Pena que estava tudo fechado já, senão eu teria entrado para dar uma pesquisada em alguns preços.
Como cheguei muito cedo, tive que esperar quase uma hora em um Family Mart ali perto, mas a Yuko me ligou e ajudou a matar um pouco do tempo.
Depois foram 7 horas e 20 minutos de viagem dormindo direto dentro do ônibus. Nem sei quantas paradas o ônibus fez, mas se tratando de Japão, devem ter sido umas 5 pelo menos, se não uma por hora.

Voltei com muitos presentes, meio descansado por ter dormido, mas meio cansado pela correria dos 4 dias de viagem.

Ouvindo: √eight - ai no uta

quinta-feira, março 15, 2007

Shows


eu IA postar aki o repertório do show de Dir en Grey e do show de Gazette (ou The GazettE) que eu fui, mas eu não consegui entender tudo (sim, eu gravei cada música no meu celular) então pra não começar a atrasar tudo de novo, eu vou só comentar sobre os shows
O show do Dir en Grey foi no Makuhari Messe, e é tão perto daqui que eu poderia ir de bicicleta, e na verdade eu fui de bicicleta, até a estação da linha que me levaria até o lugar (é muito confuso explicar isso, mas tem 3 estações de trem aqui em Inage, e cada uma para uma linha de trem. Uma estação fica a 5 minutos a pé, a outra, 5 minutos de bicicleta, e a outra, 20 minutos de bicicleta. Eu fui até essa mais longe e de lá peguei um trem pra estação de Kaihin Makuhari, e em 5 minutos eu estava em frente ao Makuhari Messe), mas não fui de bicicleta direto pra não me perder (até porque depois ia ter o aniversário do Lac em um restaurante em Chiba, com bebida rodízio)
O show do Dir en Grey me impressionou. O Kyo cantou bem, eles fizeram uns jogos de iluminação e uns lances de performance muito bons, tipo o Kyo sozinho no palco fazendo o que pareceu uma melodia criada na hora, mas com uns efeitos de eco que deixaram o som muito bizonhento e um clima muito foda. Eu quase me estraçalhei quando tocaram Obscure E Clever Sleazoid, só não fiz isso pq eu tava muito longe do palco, e a galera que estava no mesmo "curral" que eu era muito parada (ié, primeiro show grande sem cadeiras). Depois eles me surpreenderam, e a todos que estavam lá, tocando Aint afraid to die. Momento bonito do show.
Se eu não me engano eles encerraram com alguma música do Marrow of a bone, mas eu lembro que eles começaram com a Conceived sorrow.
Ah e ponto importante, ainda tem meninas que vão a shows de Deg vestidas de lolita.
Saí do show, voltei pra estação de Inage, peguei minha bicicleta e fiz uma viagem de 30 minutos até o Upper Float em Chiba, onde todos já estavam comemorando o aniversário do Lac.
Dia seguinte, mais um show.
Dormi umas 7 da manhã do dia 11 e tive que acordar por volta de 13:30 pra verificar tudinho, pois dessa vez o show seria em Yokohama.
Eu vi nas informações dos trens que se eu quisesse chegar lá a tempo, eu teria que pegar o shinkansen (trem bala), e como a distância não é tão grande assim, não sairia tão caro.
YEY, vou ver Gazette ao vivo e antes disso ainda ando de shinkansen.
Saí daqui umas 3 da tarde, eu acho, e cheguei na enorme estação de Tokyo pra procurar as linhas de shinkan. Consegui achar mas não sabia como comprar os bilhetes, mas tudo dá certo quando se pede informações. O único problema é que eu não sabia em que vagão eles iriam me colocar, e nem que esse vagão seria EXATAMENTE o vagão de fumantes.
Sentei todo feliz em uma das confortáveis poltronas, mas poucos segundos depois minha felicidade acabaria. Cheiro de cigarro. Olho pro lado e tem uma velha fumando na terceira cadeira da minha fileira (eu estava na primeira, do lado da janela). Pensei "que absurdo", e disfarcei pra tirar uma foto. Consegui uma desfocada e acabei tendo que apagar, mas logo depois que eu tirei a foto, a velha apagou o cigarro e saiu. Como meu celular faz um barulho quando tira foto, achei que era por isso, mas depois um velho veio, sentou no mesmo lugar e começou a fumar, e assim que acabou, se levantou e saiu. Foi aí que veio a informação pelos alto-falantes do trem "os vagões 1, 2 e 3 são para passageiros sem bilhete reservado, sendo que é proíbido fumar nos vagões 1 e 2". Ah, nego vem aqui pra fumar e depois voltam pros seus vagões. Tudo bem, minha viagem era de 15 minutos até a primeira estação, me segurei no meio de toda a fumaça.
Saindo da estação Shin-Yokohama, fui seguindo as placas do Yokohama Arena. Cheguei até a puxar o mapa que eu tinha tirado foto na internet, mas não foi necessário, porque era só seguir as meninas bizarras que eu chegava lá, além do que era muito perto da estação.
Yokohama Arena, maior show que eu fui até agora, e acho que o melhor também.
Gazette é muito bom ao vivo. Eu estava longe demais para identificar quem era quem no palco (não dava nem pra ver se o Reita estava ou não com a fita no nariz, mas eu supus que estaria), mas foi bom porque deu pra ver TODO o palco de onde eu estava (era imenso) e o jogo de luzes e tudo mais que eles fizeram foi de cair o queixo. Acho que foi o show mais bem produzido que eu já vi ao vivo. Eles começaram o show com Filth in the Beauty e encerraram com Miseinen depois de dois encores (desisti de escrever em japones, já me me disseram que as japonesas não falam "ankorE" e sim "ankorU", mas eu não ouço esse "U" de jeito nenhum). Na saída eu caminhei do lado de 3 meninas que estavam falando português, mas não quis puxar assunto com elas. Ainda passei pelos caras que entregam flyers e peguei um da mão do guitarrista do Screw, muito true.
Resumindo, Dir en Grey, show de 2 horas, começando pontualmente às 18 horas, com 21 músicas. Um show que eu não esperava absolutamente nada, mas me surpreendeu.
The GazettE, show de 3 horas começando com um atraso de mais de 30 minutos às 18:15, com 23 músicas (tempo de encore: aproximadamente 20 minutos). Show que eu esperava muito e que mesmo assim superou minhas expectativas. Muito bom, uma das melhores bandas do momento e com todos os méritos.
Agora eu só tenho que me lamentar por não ter conseguido ingresso pro show do Nightmare (A banda de visual mais pop do momento) e não sei se é ficar feliz ou não, mas me preparar para ir no last live de Oto-Oni em Osaka (minha primeira viagem beeeeem longa desde que eu cheguei)

Ouvindo: 犠-sacrifice-牲 - 「LI」E

quinta-feira, março 01, 2007

UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHH

Despertar do urso
Passei um inverno hibernando no Japão e FINALMENTE, decidi que eu NUNCA vou conseguir colocar isso em dia, então LERIN!
Vou escrever o que me der na pentelha de agora em diante
UHHHHHHHHH
por favor comentem, eu vou vir aqui direto... eu acho
então, eu andei indo em shows, comprando cds, encontrando amigos, ido à boates, parques temáticos, bares, ski e outras festas aleatórias
tudo isso ficou na minha lista de atualização que a cada dia que passa fica maior, então para fazer esse blog vingar, eu não vou escrever TUDO que eu faço, mas sim o que eu achar que vale à pena ser escrito
por exemplo hoje, não fiz nada que valha a pena escrever, pois eu só organizei minhas fotos e botei meu histórico no Japão a limpo, mas anteontem eu fui no show de Danger Gang, falei com a guitarrista e dei um cd da Pathé e um da PSYGAI pra ela, e isso vale a pena escrever
encontrei com o Yusuke e o Yuu (do Kaenhitsuzi, criadores da Yogurt Pork que a Pathé faz cover) em um restaurante em Shibuya, e teve um INCÊNDIO no primeiro andar do prédio, e nós estávamos no quarto
valeria a pena falar disso se fosse um incêndio de verdade, mas não foi, então não falo
só falo que minha irmã criou uma conta no Multiply pra mim, e lá tem fotos dos meus amigos pra quem quiser conhecer (mas eu não sei o endereço)
eu vou tentar atualizar lá também, como eu puder
Então, por hoje chega de novidades (aheuhaeuhaeuhae), eu vou agora fazer o mesmo que eu fiz ontem, que é assistir a vários episódios seguidos de Prision Break com a minha amiga coreana Ji Young
beijos à todos e não fiquem na expectativa para o próximo post, porque nem eu sei quando vai ser isso
UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOHHHHHHHHHHHHHHH