segunda-feira, abril 23, 2007

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Fazem duas semanas e dois dias que minhas aulas começaram. Eu tive duas aulas de chinês, duas aulas de coreano, dois treinos no meu SAAKURU (de música tradicional japonesa), fui duas vezes à Tokyo em menos de um dia, já encontrei duas vezes com a Louise, uma brasileira que chegou para estudar engenharia mecatrônica (?) aqui em Chiba, fui jogar boliche, fui no karaoke, fui para duas boates em roppongi, saí das duas em menos de dois minutos, vi duas brigas no caminho para as boates e por fim, fui à duas Lawsons para comprar o ingresso para o show de Naightmare e não consegui. MAS, dessa vez foi porque parece que não está vendendo ainda.
O que importa é que eu comprei um ingresso para um show de Phantasmagoria, fazendo minha coleção aumentar para 5 ingressos acumulados ao mesmo tempo. Ainda descobri que vai ter 宇宙戦隊Imitation Pops NOIZ e 人格ラヂオ (jinkaku Radio) junto, além de mais umas outras menos importantes. A partir desse final de semana eu começo a gastar os ingressos aos poucos. É como um investimento. Esse mês e mês que vem eu gasto muito dinheiro acumulando ingressos, e a partir do mês que vem eu só aproveito.

Ouvindo: entrevista com Bergerac

sexta-feira, abril 20, 2007

PE'Z vs Moi Dix Mois

Apanhado desses meus últimos dias.
Dia 12 foi meu primeiro dia de aula e eu tive uma reunião com meu professor orientador para dizer o que eu fiz nas férias. Não o que eu fiz de bobeira nas férias, mas o que eu fiz relacionado com a pesquisa... Felizmente eu tinha feito algumas coisas antes de ir.
Correu tudo bem na reunião, mas eu estava tão exausto e preocupado que dormi assim que cheguei em casa e só acordei no dia seguinte para o meu segundo dia de aula.
Depois da aula a Eri veio aqui e fomos comer na Saizeriya que tem no supermercado SATY. Comemos um sorvete depois e ficamos de bobeira o resto do dia.
Teria uma festa nesse dia para receber os calouros estrangeiros, mas parece que só foram 5 deles, e que mesmo assim se formaram panelas e não deu para conhecer muito o pessoal. Eu não sei de nada porque acabei dormindo pelo tédio de não fazer nada o dia inteiro.
No meio da noite eu recebo um e-mail do Angel dizendo que ele iria com o pessoal no Costco (um supermercado MUITO barato que tem em Makuhari) e perguntando se eu não queria ir, pois eu tava querendo saber onde era. Eu disse pra ele que eu tinha um show para ir nesse dia, mas ele disse para não me preocupar pois eles iriam cedo.

Dia 14, 11:30 da manhã. Horário que estava combinado para sairmos daqui, e foi a hora que eu acordei. Sorte que poucos segundos depois que eu começei a me arrumar todo apressado, o Angel me liga dizendo que as meninas (spice girls) tinham se atrasado e que iríamos sair meio-dia.
Para ir até Makuhari nós tínhamos duas opções viáveis:
1- ir de trem
2- ir de bicicleta
A segunda opção levava quase uma hora, mas era mais barata, e de qualquer forma teríamos que ir de bicicleta ir até a estação de trem que nos levaria até a estação mais próxima do Costco (que nem era tão próxima assim). Mas algo aconteceu comigo alguns dias atrás, e eu não posso usar minha bicicleta (aliás, fui e voltei andando da faculdade nos dois primeiros dias de aula).
Bom, liguei para o Lac para pegar a bicicleta dele emprestada, já que ele não ia conosco, mas ele não atendia. Fui pegar a bicicleta do Francisco, mas aí o Lac finalmente retornou minha ligação e me deixou pegar a dele.
Demoramos tanto para sair que eu acabei conhecendo o Antonio, um mexicano que chegou agora e estava na festa da noite anterior. Me apresentei e falei um pouco em portunhol com ele, mas não deu para falar muito porque foi exatamente a hora que decidiram sair.
O tempo estava ótimo como há muito tempo eu não via por aqui. Ainda bem, pois nós teríamos que voltar com muitas sacolas de compra e coisas assim.
Saímos pelo longo caminho até Makuhari. Passamos por uns lugares muito bonitos, tipo uns parques, e com o tempo bom só fez parecer melhor. Depois desses parques, quando finalmente entramos em Makuhari, fiquei impressionado com aquele lugar. É um clima completamente diferente de Tokyo e Osaka, e até mesmo Chiba. Não tinham muitos prédios altos, pelo menos essa era a impressão que dava. O lugar é muito espaçoso, e apesar de ser uma cidade, dava uma sensação de conforto muito boa de andar por ali. Sem contar que os prédios altos que tinham eram todos com designs criativos, do tipo que arquitetos insanos elaboraram, ou...KARUFUURU
euhuehueahueahuaeh
Não entrei lá, então não sei como eram os preços.

Pouco antes de chegarmos no Costco eu percebi onde estávamos.Makuhari Messe, mesmo lugar do show do Dir en Grey. Era muito perto do supermercado.
Quando nós entramos que eu entendi o que tinham me falado sobre o Costco. É ENORME e tem muitas coisas por preços que não se encontra em nenhum outro lugar do Japão (pelo menos não aqui em Kantou). Aliás, TUDO era enorme lá. Entramos em um andar com piscinas de borracha e outros brinquedos, além de coisas como churrasqueiras e acessórios domésticos, tudo no tamanho não convencional japonês. Pra piorar, na saída tinha tipo um restaurante, onde você paga 84 ienes (R$1,70 mais ou menos) por um copo de 500ml de refrigerante, e que ainda é refil. Pagamos também 1575 ienes (pouco mais de R$30,00) por uma pizza do tamanho das pizzas gigantes que tem no Brasil (que aqui não é nada comum. Meus amigos não latinos ficaram assustados com o tamanho da pizza). Muito bom mesmo.
Saí de lá com meus produtos enormes (todos ingredientes de sanduíche, tipo 500 gr de presunto, 1 kg de queijo mozzarela, 500 gr de beacon, sem contar o pão de fôrma enorme e o nosso freesbie)Mais uma vez agradecendo pelo tempo bom. Tive que voltar o caminho todo com esse e mais um outro freesbie pendurados no meu pescoço (aliás, no caminho eu vi ISSO o comprador de material velho do Japão. TRUE)
Cheguei aqui quase 4:30 já e as portas do lugar do show iam abrir às 5 da tarde, mas pelo menos o show começava as 6 e o meu ingresso era para assento reservado, então sem problemas.
Tomei um banho rápido porque eu estava suando (sim, dia bem incomum aqui) e saí sem casaco mesmo com a minha camisa dos Slackers.
Encontrei com o Antonio (o mexicano) no trem, e dessa vez falei bastante portunhol. Descobri que essa é a segunda vez dele no Japão, que na primeira ele veio como eu, só para estudar japonês, e agora está no mestrado de desenho industrial (?).
Desci antes dele para fazer minha baldeação para ir para Hibiya, lugar do show. Mais uma vez agradeço pelo bom tempo.
Vi umas pessoas correndo da estação (assim como eu). Já faltavam 2 minutos para as 6, então imaginei que eles estariam indo para o mesmo lugar que eu, mas para não achar errado e quebrar a cara, eu parei em frente ao mapa do parque de Hibiya para conferir minha posição e onde era o lugar. Nem precisei olhar muito, pois alguns segundos depois eu ouço o som de bateria e metais vindo da direção onde supostamente era o lugar do show. Não teve erro, era lá mesmo, e eu perdendo a primeira música. Perdi quase toda para achar meu lugar (e olha que foi com a ajuda do staff do local).
Agora sim, PE'Z ao vivo.
Espaço aberto, muita gente, mas todos com cadeiras, então só se viam as cabecinhas quicando.

Minha impressão sobre o show: FODA!
Essa banda é genial, as músicas são muito boas, e apesar de ser praticamente, ou completamente uma banda de Jazz, as músicas são bem curtas e agitam as pessoas com muita facilidade.
Da banda em si, eu só me decepcionei com o trompetista, que apesar de não ser ruim, era bem fraco se comparado com o resto dos integrantes (tudo bem que quando ele errava era porque ele estava tentando algo MUITO sinistro, mas mesmo assim, errou e ficou feio), ainda mais se comparado ao tecladista. SU-RRE-AL!! Nunca vi uma pessoa tocar tanto sem parecer dar a mínima para o que está fazendo. Vejam os clipes de PE'Z, tem muitos no youtube, e acreditem, o tecladista toca daquele jeito mesmo nos shows, e pior, ele quase não erra.
Ele toca piano em pé, dá coices, troca os pés para pisar no pedal, dança tocando e tudo mais.
Por volta da oitava música (cerca de 40 minutos de um show que começou com a pontualidade japonesa) começou a escurecer no lugar, e aí a iluminação do palco se fez presente. Muito boa também, um telão oculto no fundo por uma cortina branca que eventualmente foi arrancada revelando a tela (ou as telas, pois eram tipo 5 fatias verticais de uma tela de formato normal).
No fim eles tocaram uma música genial que parecia alguma música mexicana, mas usando uma escala japonesa. True demais, e pra completar, o tecladista ainda recebeu um leque para abanar no alto enquanto tocava, e as pessoas na platéia também tinham um leque para imitar o que ele fazia. Lembrou muito bandas de visual como D, Vidoll e principalmente Kagrra,. Essa não foi a última música mas foi uma das últimas, e depois que ele anunciou a última, realmente acabou o show. Nada de encore, nada de charminho. Acendem as luzes e os staffs desmontando o palco, sem esperança nenhuma de continuar.
Show muito rápido, teve 20 músicas no total mas durou cerca de uma hora e 45 minutos mais ou menos.
Achei uma barraquinha vendendo cds e dvds, não me controlei e acabei comprando o cd com o maior número de faixas.Para quem quiser conhecer a banda, no meio do show eles fizeram um anúncio de que irão tocar na América do Sul, só não especificaram onde e eu não sei quando é, mas mesmo que não seja no Brasil, acho que vale muito a pena para ver essa banda.
Segundo show de banda não-visual que eu vou e gostei muito realmente.
No dia seguinte começou minha rotina de compra de ingressos. Esse mês eu só compro, e a partir do mês que vem eu vejo. O do dia 15 foi o show do Moi Dix Mois que vai acontecer mês que vem. Usei um dos meus quatro ingressos em um dia e comprei um novo no dia seguinte.Muito bom.
Para completar novidades e coisas exóticas, dia 15 à noite veio uma CACHORRA para a minha casa. A Eri trouxe a Liba-chan, essa cachorrinha que eu não sei a raça, mas que é bem divertida de se brincar, e por ser pequena, não foi problema ficar um tempinho confinada no meu quarto minúsculo.
O resto eu posto quando acumular mais.

Ouvindo: 서태지 (Seo Taiji) - 인터넷전쟁 (internet war)

quarta-feira, abril 11, 2007

Fome por shows salva minha vida

Ontem de madrugada eu estava pesquisando na internet os próximos shows que vão ter por aqui. Achei muita coisa que ainda não está vendendo tipo D'ERLANGER, Buck-Tick, Phantasmagoria... Mas um show que já estava à venda me interessou: The Alfee. Não sei se é bom ou não, não tenho nada deles, mas é uma banda que eu gostaria de ver.
Peguei minha bicicleta e saí em plana madrugada (uma e pouco da manhã) para ir até a Lawson tentar comprar o ingresso. Fui, cheguei lá todo satisfeito, e PÃ! Mais uma vez cheguei tarde demais. Nada de The Alfee por enquanto.
Beleza, para não perder a viagem fui até a Shop 99 e comprei uma caixa do meu adorado Chocopie. Voltei para casa e vi que era melhor eu me programar caso eu ainda quisesse ver algum show, já que tudo esgota em menos de uma semana. Fui vendo várias coisas e acabei achando 3 shows que, teoricamente, ainda não tinham esgotado. Todos os 3 não eram de visual. Um de PE'Z (banda de Jazz?), um de Shakalabbits (banda de ska?) e um de Maximum The Hormone (banda de ?).
Fiquei meio com medo de ir e não ter mais os ingressos, pois dessa vez eu não tinha mais como aproveitar a viagem, mas felizmente eu resolvi ir. Felizmente DE VERDADE. Eram quase duas da manhã, eu já tinha programado vários dias para comprar ingressos e ia tentar comprar mais 3 ingressos naquele momento. Peguei minha bicicleta e fui de novo a caminho da Lawson. Um pouco antes de entrar na rua onde fica a Lawson (rua que normalmente é movimentada durante o dia) tem um declive bem acentuado. Ali normalmente nós, que vamos de bicicleta, só largamos do pedal e vamos freiando aos poucos. O freio da frente da minha bicicleta anda meio estranho, parece que tá gasto, mas eu nunca uso o freio da frente (até porque é meio perigoso), por isso não tinha dado bola e estava usando só o freio de trás. MAS, há poucos dias, o freio de trás começou a travar. Ele funciona, mas as vezes parecia que tinha uma coisa mal encaixada que deixava a alavanca dura, então eu tinha que soltar um pouco e freiar de novo pra funcionar. Acho que já dá para imaginar o que aconteceu né.
Chegando na ladeira, eu freiei um pouco cedo, então larguei o freio logo depois, aí a bicicleta começou a ganhar velocidade e eu fui freiar de novo. "Poc", putz, freio duro agora não. Soltei e depois apertei de novo, agora junto com o freio da frente (eu já estava bem rápido), e dessa vez, "PLEC!". A alavanca do freio soltou, mas a bicicleta não reduziu. Quebrei o freio! Morri! Pensei em duas coisas:
1- Me jogo com a bicicleta antes de entrar na rua para evitar de bater em algum carro.
2- Tento freiar com o meu pé.
Como eu sou muito medroso para me jogar da bicicleta, eu tentei a segunda opção (detalhe que eu estava de chinelos). Ainda bem, porque não funcionou, mas como eu vi que não tinha carro nenhum passando, entrei na rua à toda e fui deixando reduzir aos poucos.
Ainda bem que eu fui na Lawson àquela hora, se eu tivesse esperado o dia seguinte poderia ter sido muito diferente.
Cheguei na Lawson e fui direto para a Loppi (máquina que vende ingressos e outras coisas), mas para a minha surpresa, uma janela do Windows na tela da máquina. Como assim!? Estava com umas mensagens de que iria reiniciar. Aí que eu vi tudo, Windows 2000 reiniciando e tudo mais, tudo como um computador normal.Esperei o processo todo e aí depois que o Windows iniciou, veio uma outra mensgem: "A máquina está em manutenção no momento. Em 20 minutos voltará a funcionar". Porra! 20 minutos!? Bom, ir para a Lawson já salvou a minha vida, então o que são 20 minutos...
Esperei lá fingindo ler as revistas, vendo se eu compraria alguma coisa, e quando deu o tempo eu fui.
Primeiro ingresso: PE'Z - Sucesso!
YEEEEEY, já não vim à toa.
Segundo ingresso: Shakalabbits - Sucesso!
Opa! Acho que dessa vez vai tudo.
Terceiro ingresso: Maximum The Hormone - Fracasso!
Tudo bem, já tenho dois com mais os dois que eu já tinha comprado. Acho que nunca acumulei tanto ingresso de uma vez só.Voltei para a casa na minha bicicleta, com bastante calma, fui atualizar minha agenda e acabei apagando tudo, mas mesmo assim eu dormi feliz e satisfeito com minhas conquistas.
Só pra não dizer que eu não fiz nada hoje, eu falei com o Jon no skype a tarde inteira, baixei a discografia de quase todas as bandas que eu vou ver (valeu Totoro) comi udon com nuggets, mandei um e-mail para o meu orientador marcando uma apresentação para amanhã, e segui um pouco com a minha pesquisa...

Ah, e chegou o "New Blood" do Shishi.Rápido não?

Ouvindo: ナイトメア - アルミナ(Alumina)

terça-feira, abril 10, 2007

学生割引☆Desconto de estudantes

Ontem eu recebi algo que não se vê todos os dias. Fui depositar o dinheiro do New Blood do Shishi nos correios, e a mulher me deu essa nota de 2000 yenes de troco. Eu achei que seria mais rara do que isso, mas em 6 meses vivendo aqui eu já recebi duas vezes (a outra foi em novembro do ano passado).
De noite eu fui ver um filme coreano no quarto do Lac (cinema do Lac, fazia um tempo que estava inativo) com o pessoal (Lac, Suwon, Angel, Eri e Thea). Era um filme estranho. Acho que era um romance, mas era sobre uma mulher que voltava no tempo usando o computador dela. O pior de tudo, nós não conseguimos terminar de ver o filme porque tínhamos combinado com o Jesse de ir às 10 da noite para o Big Horn (um bar que tem aqui perto), que agora, comemorando seus 11 anos em Inage, estava dando desconto de 30% para estudantes. Sim, aqui não é tudo 50%. Algumas coisas são só 5%, outras 20%, mas 50% ou mais eu nunca vi, e é difícil de achar lugares que dão desconto para estudantes.
Enfim, eram 9:30 da noite e ainda faltava a segunda parte do filme, que teria uma hora de duração, então nós paramos, assistimos tv por uns 20 minutos e fomos nos trocar.
No Big Horn, como eu não gosto de beber, tentei me satisfazer com o cardápio de comidas que eles tinham lá. Pedi uma pizza, que não matava a fome nem de um, imagina de 6 (Eri, eu, Suwon, Angel, Jesse e Lac). Aliás, foi exatamente nessa hora que o Angel e a Suwon chegaram (eles foram mais tarde porque a Suwon queria assistir um programa que começava às 11 da noite), e nós tínhamos pedido as duas pizzas pensando em 4 pessoas.
Resultado que eu não matei minha fome, mas pelo menos tirei uma foto legal no caminho de volta (quase 4 da manhã).Sawaddi Krap.
Estava pedindo por isso...

Ouvindo: La:Sadie's - 架空ト現実… -Live-

domingo, abril 08, 2007

Fool's Nagauta Fest '07

Hoje eu acordei 10 da manhã para ir para o Chiba shimin kaikan (Centro comunitário da cidade de Chiba) assistir a uma apresentação de Nagauta, música muito usada em apresentações de Kabuki, que por acaso é o tema da minha monografia aqui. Na verdade não era só Nagauta, mas vários estilos de música tradicional com dança, na maioria, individual (muitas apresentações de danças tradicionais japonesas são como monólogos), mas todas usando os mesmos instrumentos.
A apresentação seria de 11 da manhã até umas 6 da tarde (sim, longo com vários atos de vários dançarinos e vários instrumentistas), mas o dançarino do primeiro ato sofreu um acidente no caminho para o lugar e isso atrasou a apresentação, que obviamente não contou com este ato.
Não sei bem se foi isso, mas no meio da apresentação, depois que o senhor Ikeda (um senhor que assiste muitas peças de Kabuki e está me ajudando com a pesquisa) já tinha ido embora, o sujeito que anunciava as coisas no alto falante (como o nome dos atos, dos dançarinos e instrumentistas, assim como o fato do acidente) disse algo como o número de uma lápide e disse para quem pudesse que fosse lá prestar homenagens. Eu não ouvi o início da mensagem, mas acho meio improvável que tenha sido o cara que sofreu o acidente poucas horas antes.
Segui assistindo as apresentações, muito bonitas por sinal.Por volta de 1 hora da tarde fui mais para perto do palco para tirar melhores fotos e tentar pegar um dos brindes que eles jogavam no meio dos atos (o senhor Ikeda disse que a maioria eram doces, mas alguns vinham com dinheiro também).
Algumas apresentações tinham menos de 10 minutos e outras mais de 40, mas os intervalos eram todos muito curtos, então para não perder nada eu fiquei lá, praticamente sem me mexer para não correr o risco de perder o lugar (a apresentação era gratuita, então os lugares eram livres, e se saísse, alguém poderia tomar).
Na saída tinham buquês de flores em cima de umas mesas, e aí que eu vi uma coisa que aproximou muito as tias japonesas das tias brasileiras. Primeiro uma fila direitinho para pegar os buquês em ordem, depois um avanço de velinhas que arrastou as mesas quase imprensando contra a parede a menina que estava distribuindo as flores. Absolutamente sem classe, mas em um evento gratuito, com presentes gratuitos, era de se esperar que mesmo aqui não seria muito diferente disso.
Saí de lá, voltei para Inage com meu buquê, que eu não sabia bem o que fazer com ele já que eu não tenho um jarro em casa, e fui para a Lawson, pois hoje era o primeiro dia de venda dos ingressos para a Fool's Fest '07, e eu já estou cansado de pegar shows com ingressos esgotados (especial de Phantasmagoria com Vidoll, last live do Kagerou, Nightmare e recentemente, especial de 10 anos de MUCC), e dessa vez eu consegui.
Estou feliz com meus dois shows já programados, um para esse mês (stylish wave) e outro para o mês que vem (Fool's Fest).O buquê eu acabei dando para a Thea, que também não tem um jarro, e por isso deu para o Francisco. Pelo menos acho que as flores ainda estão vivas.

Vontade doida de comer danoninho agora...

Ouvindo: gechena - EDEN (essa música é LINDA!)

quinta-feira, abril 05, 2007

Primeiro de Abril! Dia DA mentira

Contei uma mentira muito feia para a Ai-san (da capoeira) por antecedência. Eu disse, no dia 24 de março, que eu iria no hanami (apreciação das cerejeiras) com o pessoal da capoeira no dia primeiro de abril. Como esse pessoal não se agüenta, eles teriam que fazer uma roda de capoeira depois do hanami, então a Ai-san perguntou se eu poderia levar um berimbau dela, pois ela não iria de carro e não teria como carregar dois. Eu disse "claro, sem problemas", mas tinha um problema. POR SORTE, ou azar, eu lembrei que tinha prometido pra Leena que eu iria para tokyo no dia primeiro de abril pegar um autógrafo com o Juka (ex Moi dix mois). Aliás, um não, dois, pois a Kazi também iria querer.
Eu lembro que até achei estranho quando na quinta-feira, dia 29 de março, a Ai-san me mandou um e-mail me lembrando que o treino seria em outro lugar. Lembrei de ter dito que eu não sabia se iria para os treinos naquela semana, mas logo depois lembrei que tinha prometido levar o berimbau, então teria que pegar naquele dia. Me desculpei com ela e disse que não iria no hanami, e ela não pareceu muito contente com isso.
Mas enfim, acabei falando para o etrigan que eu tinha um encontro com o Juka no dia primeiro de abril, e ele me pediu para pegar um autógrafo para a kozi também. Puta merda, nem sabia se eu ia conseguir dois, ainda mais três, mas tudo bem.
Dormi pouco pois fui dormir já de manhã, e o lance do Juka era às 2 da tarde no 自主盤倶楽部, ou Club Indies, em Shinjuku. Eu tinha pensado em chegar lá por volta de meio-dia, pois provavelmente teria uma fila, mas claro que eu não consegui fazer isso, e saí daqui quase 12:30. Cheguei em Shinjuku por volta de 1:30 da tarde (fiz o caminho mais rápido, mas que custa 130 yenes a mais que o percurso normal). Ainda bem que eu não acordei cedo, pois quando cheguei em frente ao Club Indies, tinham mais ou menos 5 pessoas na porta, uma dentro da loja comprando algo e um cara colando um pano preto na entrada. Porra, como assim? Não vou ficar aqui plantado que nem um idiota, vou dar um pulo na Like an Edison pra matar um tempo, quem sabe comprar o ingresso pro show do Juka no mês que vem, que estaria a venda a partir desse dia. Fui lá, rodei até dar quase 2 horas (demorei mandando um e-mail pro totoro falando tudo sobre o Pandora box do D'erlanger) e depois saí sem comprar o ingresso, pois me ocorreu a idéia que a tarde de autógrafos não seria de entrada franca. Dei de cara com uma fila de mais de 30 pessoas alinhadas em frente ao Club Indies. PQP! Como assim. Cheguei perto e já ia me meter no fim da fila, quando ouvi o cara da loja falando "pessoas com o ingresso até o número 120". Putz, ingresso! Ainda por cima numerado. Não me espanta a fila ter se formado faltando tão pouco tempo para começar o "evento". Achei de cara que eu tinha ido ali à toa, ainda mais depois do que aconteceu no dia anterior no show do Aile... mas não deu nem tempo de eu me lamentar com isso. Fui perguntar para a mulher da loja se ainda dava para comprar ingresso pra hoje, e ela disse que sim. Ufa! Me levou para dentro da loja, passando pelo pano preto na porta, e lá estava! No palco onde sempre tem uma mesinha com cds recomendados pela loja, tinha uma cadeira e uma mesa com um pano vermelho, e uma luz meio fraca em cima. Parecia o cantinho de alguma vidente ou algo assim, mas sem a vidente.
A mulher da loja pega o single do Juka, mostra para mim e pergunta "é esse aqui?", pensei "tá de sacanagem..." mas entendi na hora o recado e disse "é". Sim, para pegar um autógrafo com o Juka, vc tem que comprar o cd dele. Nada mal para quem é fã do cara, mas eu estava ali só para pegar autógrafo para as minhas amigas... 1680 yenes pesam no bolso, ainda mais no início do mês, quando eu ainda não saquei dinheiro nenhum, e estava praticamente só com o dinheiro para o ingresso do show e da passagem de volta. Beleza, depois eu compro o ingresso do show. A mulher me deu o cd, um "ingresso" para o evento de hoje, que era igual ao papel que eles tem de reserva de CDs e DVDs, e mais uns tickets de desconto (mais ou menos uns 100 yenes, ou 2 reais).
(não é o ingresso, mas era tipo isso)
O número do meu ingresso era 135, mas eu me meti em último na fila lá, que não tinha 134 pessoas nem a porrada. Logo atrás de mim veio um ser muito alto com um chapéu de caubói e uma roupa toda preta, que eu achei que era um homem pela roupa e pelo fato dele ser maior que eu.
Enquanto eu estava na fila, pensei que eu poderia pedir para autografar o encarte do cd, e que seria mais fácil pedir dois autógrafos se eu tivesse comprado dois cds, contando como duas pessoas, e quem sabe assim eu conseguiria pedir um terceiro mesmo sem cd. Pensei um pouco e saí da fila sem falar nada, com medo de puxar assunto com o caubói gigante.
Quase duas horas da tarde, perguntei para a mulher se eu poderia comprar mais um cd. Ela disse que sim, me levou para dentro da loja e a tenda da vidente ainda estava vazia. Ela me perguntou se eu queria outro ingresso e eu disse que não precisava. Peguei mais tickets de desconto e voltei para o meu lugar na fila, mais uma vez sem falar nada.
A fila foi andando e perto da entrada tinha uma funcionária da loja vendendo fotos do Juka. Coitada, uma mesa de plástico do lado de fora da loja com as fotinhos dentro de uns saquinhos plásticos separando cada uma delas individualmente, tornando-as bem leves para voar com o vento. Aconteceu umas 5 ou 6 vezes, que eu tenha visto. Ela mais correu atrás das fotos do que vendeu, mas vendo aquilo eu pensei que poderia ser minha chance, pois cada foto custava 300 yenes, ou seja, mais barato que comprar um terceiro cd. Depois as meninas decidem quem vai ficar com o quê. MAS, antes de comprar, resolvi perguntar se elas tinham caneta branca ou prateada, para autografar o encarte do cd que era preto. A mulher foi buscar pra mim na hora, me entregou e deixou a caneta comigo mesmo faltando uns 10 minutos para eu entrar. Depois da caneta prateada garantida, eu comprei uma foto só (já estava começando a pensar que tinha comprado o segundo cd à toa).
Na entrada da loja o cara falou algo que eu não quis acreditar: "um autógrafo por pessoa, somente um". Para confirmar isso eu fui perguntar para ele "o que você acabou de dizer? Eu não entendi" e então ele repetiu de forma bem clara e com gestos, e foi aí que eu liguei meu "apelação mode". "Sabe o que é, é que eu tenho uns amigos no Brasil que querem muito um cd do Juka e queriam muito estar aqui para pegar um autógrafo pessoalmente com ele, mas eles não têm como vir até o Japão só para isso, então me pediram para pegar por eles. São só dois autógrafos a mais", e então ele teve a reação que eles sempre tem "só um momento", foi para o lado de fora, voltou bem rápido e me perguntou "você comprou os dois cds aqui nessa loja?" "sim, acabei de comprar" "então nós vamos abrir uma exceção e liberar dois autógrafos para você". Notei que ele já estava fazendo uma cara de quem estava se esforçando para quebrar a regra o mínimo possível, então não quis criar confusão insistindo, por isso só agradeci.
Ele ficava acompanhando a fila o tempo todo para se certificar de que não tinha espaços muito grandes entre as pessoas, para que a fila andasse um pouco mais. Só aqui no Japão mesmo. Se fosse no Brasil, nego estaria andando pra frente mesmo sem ter mais espaço nenhum.
Nessa hora na fila, que meio que fazia um U dentro da loja, que eu percebi que o caubói não tinha o pomo de Adão, logo deveria ser uma mulher... e bem alta.
Fui andando e conseguia ouvir as conversas das pessoas com o Juka. Ele estava bem diferente lá. Maquiagem leve (nada de visual), roupa simples e o seu cabeção dourado sem nenhum penteado especial. Algumas meninas apertavam a mão dele e começavam a falar depois disso para ficar segurando a mão dele por mais tempo. Algumas davam presentes também, na maioria perfumes, todas muito "bem" vestidas (é do gosto de cada um) e apresentáveis, e eu lá com minha calça e tênis furados, casaco velho e minha camisa de Granada com as letras árabes. Se eu estivesse barbudo e com um turbante, eu mesmo me tiraria como terrorista (que absurdo que eu disse agora).
Chegou a minha vez e a mulher da loja interveio dizendo para o Juka "para ele são dois", aí ele viu os dois encartes dos cds e me agradeceu. Ah sim, eu vi que todas as meninas estavam pedindo para ele autografar o encarte na capa com caneta preta mesmo (pois a capa é a cara dele e bem branca), então eu guardei a caneta prateada no bolso e deixei ele autografar com a preta mesmo. Antes de ele começar a assinar, eu só puxei um assunto dizendo que eu era brasileiro, e que mesmo no Brasil ele tinha fãs, por isso eu estava pegando mais um. Ele ouviu, disse "ah..." e se voltou para a mesa para autografar os dois encartes. Assinou, me entregou e disse "Brasil... eu gosto de Angra". Como eu ouvi ele dizer "eu gosto de Angola", achei muito sem sentido e meio que caguei, apertei a mão dele e fui embora, mas depois que me veio o baque. Ele deve ter achado minha reação no mínimo estranha.Não sei se ele realmente gosta de Angra ou se ele disse isso por ser a única coisa que ele conhece do Brasil, mas palavras do Juka, então está contando como verdade até que se prove o contrário.
Eu ainda tinha bastante tempo livre (eram 3 da tarde) então fui dar mais uma olhada na Like an Edison. Achei um mini-album de Mandragora, cujo a propaganda consistia no preço: 666 yenes. Eu tive que comprar, pois, além de ser um cd muito barato de 7 músicas, era a primeira vez que eu via algum desses papéis que eles colam nos cds (que normalmente dizem alguma coisa exclusiva daquele cd) com o preço escrito bem grande e com vários desenhos chamativos. E porra, 666 yenes, quando que eu vou ter a chance de comprar outro cd assim.
Eu tinha dinheiro pra isso, então paguei, mas estava sem dinheiro para comprar meu ingresso antecipado pro show do Juka, mas como vai ser no Takadanobaba AREA, então dá pra comprar até no dia, já que não tem acento reservado.
Saí de lá, lembrei que não tinha devolvido a caneta prateada que eu nem usei, e fui devolver. Depois pensei o quanto seria um desperdício ter uma tarde inteira livre, já estar em shinjuku e não fazer nada. Liguei para a Thea para saber o que ela ia fazer e ela me deu a notícia de que estava na casa do irmão dela (que mora em Gunma, onde tem muitos brasileiros) e só voltaria à noite, e que a Suwon tinha ido com o Angel para Kyoto fazer hanami, e só voltariam na quinta. Eu tinha ligado exatamente porque tinha uma cerejeira perto de onde eu estava passando, e tinham pessoas fazendo hanami ali. Pensei que poderíamos fazer hanami hoje também, derrepente aproveitando que todo dia primeiro nós temos que ir até a faculdade assinar um papel para receber nossa bolsa de estudos, e no campus da faculdade tem muitas cerejeiras. Mas além de não ter ninguém por aqui em Tokyo ou Chiba, a Thea me lembrou que era domingo, e que não daria para assinar hoje. Fiquei vendo a cerejeira e as pessoas vendo a cerejeira enquanto eu falava com a Thea, mas assim que desliguei, decidi dar um pulo no Holiday Shinjuku para ver o que teria hoje. Eu estava sem dinheiro, então eu ia entrar com o pretexto de dar uma olhada na Cd Holiday, e com isso eu dava uma bisbilhotada nos pôsteres da porta e veria o que teria hoje.
Desci até o segundo andar do subsolo, procurei nos pôsteres da porta de entrada do Holiday Shinjuku, mas não vi nada. Entrei na cd Holiday e estava passando na tv o show de Vidoll que eu fui. O DVD está a venda mas custa quase 7000 yenes, por isso eu ainda não comprei, mas vou acabar comprando. Assisti até mudar para o show de 12012, e então resolvi olhar de novo a porta, mas não achei, então perguntei pra moça da bilheteria, que já estava lá e já tinha uma fila formada esperando a hora de entrar. Eu perguntei que bandas iam tocar hoje e ela apontou para a porta. Tinha um papel impresso com os nomes:Tinha algo escrito ali embaixo com um *, mas não era nome de banda, então eu não dei bola. Perguntei para a menina quanto era, e ela me disse "3000 yenes mais 600 do drink ticket". Como esses dias eu fiquei sabendo a diferença entre パニックちゃんねる e Panic☆Ch, resolvi que eu tinha que ver pelo menos um show de Panic channel de visual, que era o de hoje. A casa abriria 4:00, então eu fui pra Lawson sacar dinheiro e enrolar até dar a hora. Voltei lá, recebi uma porrada de flyer (como sempre), entrei e esperei.
Fui conferir as mesas de venda para ver se tinha de todas as bandas, e tinha, aliás, tinha até uma de "juliadoll". Pensei "essa banda tá mesmo famosa, até em show que não é deles tem barraca vendendo coisas". Pensei que podia ser porque eles são do selo da Holiday, mas pensei meio que vagamente só.
Começou o primeiro show pontualmente às 16:30.
Banda Veronica.
Esquema de sempre: 30 minutos, mais ou menos 5 músicas e tal.
UMA MERDA!
Banda fraca, vocal com cara de babaca, sem jeito para falar com o público (foi a primeira vez que eu vi um integrante de banda ser IGNORADO ao chamar uma pessoa para perto do palco) e músicas ruins.
Banda desnecessária que me fez meio que me arrepender de ter gasto 3000 yenes ali, mas decidi agüentar até o パニックちゃんねる.
Segunda banda: Ruincrear. Bem RUIM mesmo. Parecia que os caras não sabiam o que estavam fazendo. Muito amadores.
A princípio eu gostei da banda por causa do visual que era foda, mas olhando bem, o visual do vocal era foda, e nada mais, além do que a banda remetia MUITO a D'espairs ray, até mesmo no visual do vocal.
Terceira banda: Red. Nome bem imbecil, mas foi a primeira banda do dia que levantou mais de 3 pessoas. Na verdade levantou umas 15. Pessoalmente eu não gostei da banda, apesar de o nível ser bem superior se comparado com Veronica e Ruincrear, mas ainda não agradou.
Quarta banda: Realice. Essa era boa. Me lembrou muito Kagerou (principalmente a voz e performance do vocal), o estilo das músicas parecido, mas muito boas, bem tocadas e se ouvia bem praticamente tudo (óbvio que o bumbo estava martelando de novo). Apesar de não muito original e da influência descarada de Kagerou, eu gostei e acho que vou procurar algo deles depois. Só um ponto bem ruim, o visual do baixista. Ridículo.
Quinta banda: D=OUT. Revelação da noite. Muito boa. Quando começou eu achei muito parecido com Sid (menos pelo vocal), mas como eu já tinha comparado a Ruincrear com D'espairs e a Realice com Kagerou, pensei que eu estava apenas sendo chato, comparando tudo com algo que já existia, mas quando a segunda música começou, foi inevitável. A segunda música muito diferente da primeira, mas as duas muito Sid, e eu gosto de Sid. Achei que a banda se apresentou muito bem. O vocal com seu microfone da década de 20 como marca registrada e a banda com a qualidade musical de Sid (um pouco menos profissionais) mas com mais visual, chamou minha atenção, ainda mais quando eles disseram que começaram as atividades mês passado (março). Aí eu gamei na banda. Primeiro eu vi gechena e meio que me apaixonei, apesar de a presença de palco deles ser muito fraca, e agora essa D=OUT, com um quê de Sid, visual bom e começando de cara com músicas muito boas e se apresentando muito bem (btw, o público foi maioria na hora do show deles).
Eu tinha pensado, mais ou menos na hora do show do Ruincrear, que hoje seria um bom dia para tentar tirar foto com os integrantes de alguma banda, já que o foco não era uma banda só. Pensei na Ruincrear por causa do visual e por ser muito pouco popular, mas achei que poderia vir algo melhor depois e não quis perder os outros shows. Realmente, apareceu D=OUT que é uma banda foda e com o visual bom ainda por cima. Depois de D=OUT, eu achava que restava só mais uma banda: パニックちゃんねる, então pensei em assistir o show e depois ir pedir para tirar fotos com os integrantes da D=OUT usando minha estratégia de sempre, que nunca funciona: compro um cd da banda ou respondo a enquente, e nessa hora eu peço pra mulherzinha (normalmente é uma mulher) para tirar uma foto com eles, ou pegar o autógrafo. MAS para a minha surpresa, depois de D=OUT entra uma banda muito séria e com um visual maneiro, bem pesado. Não era o visual do パニックちゃんねる que eu tinha visto, mas eles poderiam ter mudado. Nessa hora acho que TODAS as meninas que estavam no Holiday Shinjuku chegaram perto da grade. Quando o vocalista entrou eu percebi que não era パニックちゃんねる. Eles tocaram a primeira música e que diferença. Equalização quase perfeita. Se ouvia o som de todos os instrumentos perfeitamente. O bumbo ainda estava martelando, mas pelo menos a caixa e o contra-tempo estavam com um volume mais balanceado, não como nas outras bandas onde quase não se ouvia o contra-tempo (pode ser que tenham mudado o microfone de posição também). Banda muito boa (diferença absurda para todas as anteriores, inclusive para a D=OUT) com o repertório praticamente todo pesado e não pelando saco de nada que me ocorra de primeira.
Depois da tereceira música o vocal apresentou a banda. Juliadoll! Ah, então era por isso. Porra, não é a toa que a banda está famosa.
Depois que eu fui ver no meu ingresso que teria uma "banda secreta" naquele dia. Era o que estava escrito em japonês com o * no papel e não li porque não era nome de banda. Foi uma ótima surpresa. Estava querendo conhecer Juliadoll, e sendo desse jeito, fiquei bem satisfeito. Só isso já valeu meus 3000 yenes, somando com o D=OUT, ainda saí no lucro.
No meio do show, o vocalista subiu no palco extra que eles tem e falou algo que as meninas parece que já sabiam, e então, como Moisés, ele abre um caminho no meio delas. Metade do público veio para a direita e a outra metade foi para a esquerda e ficaram se encarando, de lado para o palco. Achei que o vocalista iria pular ali no meio e fazer algo foda, mas a música começou e as mulheres foram pulando em direção ao outro lado, se chocando no meio. Muito parecido com uma roda, mas mais assustador (parecia coisa de lado A e lado B em baile funk), só que como eram meninas, eu sabia que não ia passar muito dos limites.
Foi foda, genial a idéia. Muito melhor que os para-paras combinados (aliás, D=OUT teve um desses para-paras, mas era maneirinho e eu quase aprendi).
Acabou o show e eu fiquei com medo que os caras do D=OUT fossem embora, então fui para a barraquinha. Reparei que só tinham fotos vendendo e a caixa para botar as enquetes, nada de cd. Pedi uma caneta para a menina para que eu pudesse responder a enquete e ela pareceu toda feliz (acho que quase ninguém responde as enquetes aqui). Me deu uma caneta, liberou espaço na mesa para eu escrever e ainda me deu uma pasta para usar de apoio para o papel. Eu respondi a enquete e na pergunta "que tipo de produtos da banda você gostaria de adquirir?" eu parei e perguntei para ela "eles já lançaram cd?", ela fez uma cara meio de "me desculpa" e disse "infelizmente ainda não. A banda é muito nova ainda... sabe como é", aí eu disse "ok" e respondi a pergunta com a palavra "CD".
Entreguei a enquete, e como já tinha feito o social com a menina, resolvi perguntar se podia tirar foto com eles. Ela fez o de sempre, se agitou, olhou para todos os lados, e disse para eu esperar um pouco que ela ia perguntar. Acho que dessa vez vai.
Ela demorou um pouquinho, e quando voltou disse: "é que... eles já tiraram a maquiagem, acho que hoje não vai dar", mas deu pra perceber que ela não estava mentindo e pareceu tão frustrada quanto eu por não conseguir, então tudo que eu pensei foi "porque eu não fui antes?", mas tudo bem, eu vi Juliadoll.
Voltei para o meu canto e me preparei para ver パニックちゃんねる.
Eles entraram com um visual diferente do da foto. Todo branco e um pouco mais feio, mas bem ... rico, digamos assim. Realmente eles entraram muito mais sérios do que no outro show que eu fui. O guitarrista, antes sorridente, manteve a boca, pintada com batom preto, fechada durante quase todo o show, só abrindo para dar os berros. O vocal não fez nada com o cabelo, mas o cabelo dele é foda de qualquer jeito, então não precisa fazer nada. O baixista não combinou muito com visual, ficou meio travesti, e o outro guitarrista também não combinou muito, mas o visual dele era foda.
A banda é muito boa, mas tocando depois de Juliadoll, teve o seu brilho muito apagado.
Tocaram umas músicas pesadas, onde as meninas se jogavam nas costas(e nas bundas) das outras que estavam na grade, sem se preocupar se as machucariam ou se suas saias se levantariam quando elas pulassem.
Foi um bom show. No fim eles fizeram uma ceninha de que tinha acabado. Era a única banda da noite que poderia se dar ao luxo de fazer um encore (por sinal tão fraco quanto o do √eight). Eu me aproximei do palco pro encore, na esperança de pegar alguma palheta ou algo assim, já que estava meio vazio perto da grade.
Cheguei lá e tudo que eu consegui foi um P.A no meu ouvido com o bumbo martelando meus timpanos mais do que nunca, e deixando um zumbido para o resto da noite e o início do dia seguinte.
O encore deles contou com uma música só, que foi até meio longa, e depois que acabou, meio sem esperança de conseguir fotos com uma banda foda como Juliadoll ou パニックちゃんねる, eu me dirigi para a estação do metrô para voltar para a calma e tranqüila Inage (Happy happy I-NA-GE ahuehuehea, piada interna só minha).
Estou meio frustrado quanto ao lance de fotos com membros de bandas. Minha melhor chance era com as mulheres do Danger Gang e eu nem pensei nisso na hora, mas pelo menos entreguei cd da PSYGAI e da Pathé pra elas. Depois no Oto-oni, o clima triste com a saída de metade da banda, mas pelo menos consegui o autógrafo deles no cd. Depois, √eight, acabando mais de 10 horas da noite e com minha amiga me esperando desde as 8. Depois Aile, com a menina passando mal, que eu achei que daria alguma merda, mas acabou que quem atrapalhou foram as lolitas. E agora por minha culpa, dei mole e não tirei foto com uma banda promissora como o D=OUT. Mas ainda vou ter chances, estou ganhando experiências com isso, só tenho que tentar agora fora do Holiday Shinjuku, pois se não daqui a pouco nego vai conhecer minha cara e me taxar de "fã-desesperado-querendo-foto-com-qualquer-um-de-qualquer-banda", com toda razão ho ho ho.
Ganbarimasu!

Ouvindo: Mandragora - 「xxxxxxx」

Aile + Axé (ou Axé - Aile?)

Dia 30 de Março. Chegando o fim de mais um mês da minha estadia aqui no Japão, e também o fim das minhas longas e adoradas férias de primavera...
Como eu sinto que tenho que aproveitar ao máximo cada dia, acordei às 5 da tarde. Comi algo que não me lembro, tomei um banho e tentei limpar meu quarto (de novo), mas o tempo foi curto, pois às 8 da noite tinha marcado com o Lac de ir à uma Izakaya (lugar que os japoneses vão para beber, que não é um bar, e tem aperitivos muito bons) para dar as boas vindas à Eri, namorada do Lac que é japonesa, mas veio da Hungria só pra resolver umas coisas do trabalho dela (professora de japonês).
Izakaya escolida: Za Watami, a mais próxima, mais popular e mais chamativa aqui de Inage (tem um letreiro ENORME do lado da loja de 99 yenes).
Eu tinha combinado com a Babi (da capoeira) de ir a um bar chamado "Acarajé" hoje às 10 da noite, por isso eu não ia poder ficar muito tempo com o pessoal lá.
Conversei um pouco, tentei conversar principalmente com a Eri, mas realmente o tempo que nós ficamos na escada esperando por um lugar, comeu uma boa parte do tempo que eu tinha disponível para ficar com eles.
Saí faltando uns 5 minutos para as 10, e fui para o ponto de encontro: o alojamento da faculdade (de onde eu tinha acabado de sair...há duas horas atrás).
O tal do Acarajé era um bar brasileiro em Roppongi, e hoje seria uma "Axé Night", e só eu sabia o caminho até Roppongi (já virei rato do metrô de Tokyo). Além disso, só eu era homem, e só eu era brasileiro. As meninas da capoeira, Babi, Gena, Formiga, Joaninha e Louva-a-deus já estavam indo pela segunda ou terceira vez, mas só sabiam o caminho da estação de Roppongi até o bar.
Chegando lá, um lugar apertado com cara de quintal grande da casa de alguém que mora em algum lugar tipo Saquarema ou Padre Miguel (nada a ver), cheio de mesas e cadeiras daquelas de metal (que já fazia um tempo que eu não via). Ficamos um tempo procurando um lugar para deixar nossas coisas, já que estava bem cheio (de japoneses), e quando finalmente pegamos um grupo grande que estava de saída, a tia do lugar começou a tirar os pratos de comida, copos, talheres, enfim, começou a tirar a mesa... literalmente.
"ei, agente ia sentar aí!" diz a Joaninha (aehuahauhauhuaehae)
"mas vocês já não pagaram?" diz a tiazona com jeito de baiana, mas no mais perfeito japonês.
"nós acabamos de chegar" interferi falando em português para evitar qualquer mal-entendido, mas ela disse que tinha que abrir espaço porque o pessoal ia começar a dançar, então ela nos deixou com uma mesa, apenas para deixar nossas coisas (no meu caso só um casaco, mas mulher sempre leva milhares de tralhas), nossos copos de bebidas, e...nossos pratos de salgadinho!
Sem noção como isso fica bom depois de 5 meses de abstinência. Pra inteirar e matar a saudade de vez...GARANÁ!
Aliás, algum dia eu tenho que dedicar um post aos refrigerantes daqui. São os mesmos, mas não tem nada a ver.
Voltando. A tia abriu o espaço e, subtamente, formaram-se umas 4 fileiras de pessoas dançando, como numa aula de aeróbica em uma banheira. Imagina dançar axé dividindo um espaço de 1㎡ com mais 3 pessoas...O "professor" era um cara que estava trabalhando como garçom quando nós entramos, mas agora já estava com a roupa trocada e ao invés de servir as pessoas, ele estava só dançando, e ÀS VEZES ensinando os passos, e assim permaneceu pelo resto da noite.
Depois disso teve um grupo de 4 meninas japonesas dançando algumas músicas coreografadas. Inacreditável que elas sejam japonesas. Não sabem mais do que 3 palavras em português mas dançam tão bem quanto qualquer semi-profissional no Brasil (falei sem parâmetro nenhum, mas só pra dar uma idéia).
Depois delas ainda teve uma banda, só de japoneses também, cantando em português. Muito interessante. A apresentação foi dividida em duas partes, e na segunda eles chegaram até a tocar um samba de enredo do salgueiro (não sei o título porque deve ser enorme, mas era aquela do "Vermelho").
Uma das dançarinas estava fazendo aniversário,
(a aniversariante com a tia baiana)
então todo mundo ganhou BOLO!Muito bom o clima do lugar. Nunca pensei que eu fosse me sentir assim, mas axé à parte, é sempre bom matar saudade do calor brasileiro (detalhe que fora eu, os bartenders e mais uns 3, o resto era SÓ japonês, mas mais brasileiros que eu).
Final da festa, o lugar antes lotado, agora vazio me pareceu até grande.Voltamos para casa por volta de umas 6 e meia da manhã, e pudemos ver muitas Sakuras pelo caminho. Eu fui dormir sem banho mesmo.
(haha, parece livro ilustrado de criança)

Dia seguinte, dia de show. Oneman de Aile no Holiday Shinjuku.Estava dizendo no flyer que era o "RETORNO" do Aile, e eu bem que pensei que eles estavam parados por um bom tempo, mas depois fui saber que eles tinham parado por 4 meses com a saída dos dois guitarristas anteriores. Se 4 meses de estagnação já é suficiente para um show de "RETORNO" com a repercussão que teve (veja lá, estou dizendo no meio indie), imagino qual seja o caso da PSYGAI...
Bom, por precaução levei meu cd "White Feather", que eu acabei comprando na primeira vez que eu fui na Like an Edison, pra ver se eu conseguia que eles autografassem pra mim. Cheguei no show, e o espanto logo de cara. Holiday Shinjuku quase COMPLETAMENTE lotado. Muitas lolitas e coisas do tipo. A maioria com cara de ser menor de 14 anos.
Antes de começar o show, vi várias meninas se juntarem para treinarem os "para-paras". Não sei se se chama para-para aquilo que elas fazem com as mãos, mas acho que dá pra entender. Quando eu vi o jeito como elas falavam, o tipo de coisas que elas falavam e esse treino de "para-para", pensei o quão diferente esse show seria do show de √eight. Tudo bem, eu não entro na "roda" daqui mesmo, nada iria mudar.
Começa o show (com quase 40 minutos de atraso).

Set list:

1-ロマンス戦記 (romance senki)
2-White end永遠の絆 (eien no kizuna)
3-não tem no meu cd
4-チャイルド鍵√ (child kagi√)
5-翼の彼方へ (tsubasa no anata e)
6-螺旋回廊 (rasen kairou)

ENCORE I
7-cover
8-開花宣言 (kaika sengen)
9-悲劇ロジック (higeki logic)
10-Brilliant tears

ENCORE II
11-música nova
12-nao sei
13-トキメキ★HEROES (tokimeki★HEROES)

Começou bem tranqüilo, já enrolando de cara na primeira música. Logo aí já deu pra ver como o público era bem dividido. Na frente todas as lolitas e etcétera fazendo seus movimentos de mãos sincronizados. Atrás, em cima do degrau que tem perto das mesas que vendem coisas das bandas (que hoje estava um pouco mais para trás e com um espaço pequeno, até por ser só uma banda) as meninas com roupas mais normais e se movimentando bem menos. E no meio disso tudo: eu. Na frente com as lolitas mas tão agitado quanto as meninas de trás.
Tinha um cara lá também, mas ele fazia parte das fangirls.

Bom, começando as críticas, para se ter uma idéia, o show durou por pouco mais de 2 horas, talvez 2 horas e 10 minutos mais ou menos, e teve TREZE músicas. Dir en Grey em 2 horas tocou 21. Tudo bem que no show do Dir en Grey eles não falaram NADA pro público (nem nome da banda, nem nome das músicas, nem nome dos membros, nem um "oi" ou algo assim).
Seguindo com o Aile. Primeira música já começa com aquela enrolação de ficar mais de 5 minutos na mesma parte da música, e depois que a música seguiu, veio aquela apresentação dos integrantes, onde quem fala o nome são as meninas da platéia. Eu acho isso bem interessante, mas de cara na primeira música eu achei meio apressado. Logo na primeira música também eu notei que a equalização tava meio ruim, se comparada com a do show do √eight. Reparei também que o pessoal do Holiday Shinjuku tem uma tendência a deixar os bumbos em um volume tão exagerado que abafa todo o resto. Digo do Holiday Shinjuku porque no √eight foi a mesma coisa: bumbo martelando o tempo todo.
Antes de entrar na segunda música o vocal já interrompeu para fazer o "mc". Começou se desculpando por fazer todos(as) esperarem por tanto tempo (uau, 4 meses) e perguntou se elas sabiam o título do show de hoje, o show de retorno. O título era:
~「お帰りなさいませ○○様"coração"」「待たせちゃったね!お姫様☆」「もう放さないよ"coração"ニャ」~
traduzindo seria algo do tipo:
"bem vindo de volta ○○(insira aqui um nome)-sama'coração'" "desculpe por te fazer esperar, princesa☆" "agora não te largo mais 'coração' nya"
(não sabia como desenhar o coração, mas é muito importante, assim como a estrela)
Genial né? Mesmo se tratando de uma banda de oshare EXTREMA, eu não esperava isso. Depois ainda piorou quando ele pediu para elas falarem isso para cada um deles. Tipo, bem vindo de volta Kohsuke-sama (não sei traduzir o "sama") e ele respondia alguma coisa que desse na telha, de preferência algo engraçadinho que não tinha graça nenhuma, mas todas elas riam.
Elas falaram isso pro baterista Kohsuke e pro baixista Tsuyoshi, mas na hora dos guitarristas, como os dois eram novos na banda, elas disseram tipo "prazer em conhecer" e o nome do cara. O primeiro foi o Moe, que tem o cabelo rosa e é o que mais se fazia de "menininha kawaii" do grupo, tanto que ao invés de "Moe-sama", ele pediu que chamassem ele de "Moe-chan". Detalhe do 'coração' é que alterava a entonação do jeito que elas falavam. Subiam o tom até dar aquele zunido no ouvido.
Mas bem, "mcs" à parte, o show seguiu para a terceira música sem grandes problemas, mas na quarta música, algo estranho... Ele apresentou a banda DE NOVO, e quase do mesmo jeito que antes. Aí já é demais.
O show continuou na boa até a sexta música, onde eles enrolaram por uns 10 minutos, e depois que acabou a música, eles saíram do palco. Menos de um minuto se passou e as meninas começaram a gritar "ankoru! ankoru!". Como assim, 6 músicas e já vão pro bis??
Beleza. Demorou um pouco, tipo uns 10 minutos, e quando eles voltaram, as cortinas se abrem ainda com as luzes todas apagadas. Começa alguma música nas caixas de som, que de cara deu para ver que não era ao vivo. Eu conhecia aquela música, mas não era de Aile. Nesse momento que as luzes se acendem e surge... Tsuyoshi vestido de urso, Moe vestido de Stitch, Aya vestido de usrinho puff, e o Kohsuke vestido de pikachu. O vocal Akito não apareceu.
Os quatro "cantaram" um cover de Smily da Otsuka Ai. Foi horrível.
Pra piorar, depois disso eles foram ajeitar a maquiagem e os cabelos que estavam bagunçados por causa das fantasias, e óbvio que levou mais tempo.
Para não ter 2 encore seguidos, o vocal foi para o palco, contou uma piada (não to zuando) e ficou falando coisas inúteis até que todos terminassem de se arrumar e voltassem para o palco. Voltaram e tocaram mais uma música com enrolação. Já estava ficando cheio de tanta enrolação.
A nona música correu tranqüila, mas depois disso, uma mensagem de cada integrante. O baterista até disse algo interessante, sobre como eles pensaram em parar com a banda depois que os antigos guitarristas saíram, mas eles receberam tantas cartas de fãs e tanta gente pedindo para eles voltarem, que eles resolveram marcar audiências para selecionar novos guitarristas, e contou a estória toda de como aconteceu. A explicação do baterista foi tão completa que o baixista ficou sem ter o que falar, e daí por diante. Até chegar no guitarrista Aya que simplesmente desistiu de falar algo sério e falou da grande descoberta que ele fez de como é frustrante você virar um copo com canudo para beber, sendo que o canudo só puxa o líquido no fundo, então você não consegue beber virando. É o tipo de coisa que eu falaria, mas ele falou de um jeito meio meiguinho, e ele é um cara enorme e muito magro que parece um ET, o que se contrapõe absolutamente a essa interpretação meiga, chegando até a dar um sentimento de desprezo.
Brilliant tears começa. Música lenta com cara de final triste de show, anunciando um segundo encore.
Não deu outra. Saem do palco, ficam uns 3 a 5 minutos sem voltar, as meninas gritam "ancore!" incansavelmente, e eles voltam com a camisa da turnê, ou do show. Todos com camisas pretas e desenhos em rosa, só o Moe com a camisa rosa e o desenho mais rosa ainda. Aí que eu reparei o quanto ele é bizarro. Sem olhar pra cara dele, ele é um cara bem grande a nível de músculos, mas com aquela carinha de menina e cabelo rosa. Chega a dar nervoso de olhar.
O vocalista Akito falou de músicas novas que eles estão gravando e perguntou se nós queríamos ouvir uma delas. Óbvio que todo mundo disse sim, então eles tocaram. Depois seguiram direto para a próxima música, e quando eles começaram a enrolar de novo, antes que eu ficasse puto ou começasse a bocejar, reparei que tinha algo estranho acontecendo.
As meninas à minha esquerda estavam todas viradas de costas pro palco, e de vez em quando umas meninas vinham correndo e paravam olhando com caras de espantadas para o meio dessa roda que se formou. Pronto, uma menina passando mal. Não consegui ver a menina, não sabia se ela tinha caído ou algo assim, mas todas elas estavam olhando para o chão, com cara de preocupadas, mas não de apavoradas, então achei que não era tão grave, tipo cabeça aberta ou algo assim. Talvez pressão baixa ou algo do tipo.
Alguns minutos depois um staff do Holiday Shinkjuku veio, fez uma cara muito medonha, falou com uma das meninas e saiu. A banda parece que ainda não tinha reparado nisso e continuou com a sua enrolação. O mais foda foi quando o vocalista ficou falando "ei, aí atrás!" como eles sempre falam nos shows, mas ele falou olhando para essas meninas, e aí uma baixinha que antes estava idolatrando todos os integrantes da banda, se vira meio que sem olhar para o palco e mostra o dedo do meio para o vocalista. Ele ficou meio sem graça, mas continuou. "faltam mais duas" ele disse. Não sei porque continuaram. Depois de enrolar tanto, agora era uma boa hora para encerrar a música.
Eles encerraram meio que cagando para a menina, e então o vocalista perguntou "tá tudo bem? o que que aconteceu?" e as meninas disseram que estava tudo bem e o qual tinha sido o problema, mas eu não conheço a palvra e não achei no meu dicionário, mas não importa, era pressão baixa.
Enquanto o vocalista estava perguntando, os outros integrantes começaram a largar seus instrumentos e sair do palco. O guitarrista Aya, com um ar meio sério, veio cutucar o vocalista e, só com o movimento da cabeça fez como que "vamos sair", e saíram todos do palco.
Pensei que isso poderia ser que se eles continuassem com o show poderia dar merda para a banda, então foi melhor parar e sair.
Menos de um segundo depois que eles saíram veio uma outra staff do Holiday Shinjuku, toda apressada e pedindo licença para todos para ver o que tinha acontecido. Aí que eu vi a menina. Estava completamente largada no chão, em uma posição bem torta, com uma outra menina abanando com os flyers que agente recebe no início do show.
Independente disso os integrantes voltaram depois de um minuto para tocar a última música do show, e assim que começaram, umas duas ou três meninas ajudaram a torta a se levantar e a levaram para o lado de fora. Depois disso não sei o que se passou com ela.
A última música não teve enrolações e o show até que teve um bom final.
Mas resumindo, banda ruim, o vocalista força a garganta para cantar, a equalização estava fraca e o bumbo perturbador, a banda enrolou mais do que tocou, ou seja, a banda de médio porte mais fraca que eu vi até agora e com um show ruim. Nunca mais eu volto a ver Aile ao vivo, pelo menos não em um oneman. O ponto inesperado do show foi a platéia, que depois do primeiro encore começou a ficar bem agressiva. Com um amontoado de lolitas na frente e algumas mais atrás formando duas linhas que pareciam uma frente de batalha, e em um momento de ataque da música, elas pulavam, jogando suas costas em direção as costas das meninas da frente, esmagando cada vez mais o amontoado de lolitas.
Bom, o show acabou cedo, então fui pegar minha coca-cola e tentar pedir para tirar uma foto com eles, se não, um autógrafo no meu "White Feather" (meio falsidade já que eu achei o show E a banda uma merda).
Falei com a staff, ela ficou meio perdida sobre o que fazer, falou alguma frase que começava com a palavra "loli" de lolita, mas não chegou a terminar, se virou, falou com um outro staff da banda, virou de volta para mim e disse que ia perguntar. Foi correndo para o backstage e eu fiquei lá esperando. Alguns minutos depois ela volta e diz que hoje era um dia especial que eles tinham reservado para tirar fotos com quem estava vestida de lolita. Bem que eu reparei que mesmo o show tendo acabado, as meninas ainda estavam sentadas no chão, meio que esperando algo. Ela me disse que se eu ficasse até o final, ERA POSSÍVEL que eu conseguisse tirar uma foto com eles. Ok, hoje eu não tenho pressa mesmo.
Fiquei olhando os meus flyers pra matar o tempo, e aí o staff do Holiday Shinjuku (o mesmo que se apavorou quando viu a menina caída) veio para mim e falou algo com uma voz muito tímida e baixa. Eu ouvi algo com a palavra "saída" e tive a impressão de ter ouvido "pode se dirigir para a saída?", mas não acreditei que ele estivesse me expulsando, então resolvi seguir a minha OUTRA intuição, que me fez perceber que eu estava no meio do caminho, possivelmente atrapalhando a saída das outras pessoas. AHHH SIM! "me desculpe, me desculpe" eu disse indo mais para dentro. Foi aí que eu notei que ele ficou parado lá com uma cara meio frustrada de quem não atingiu o objetivo. Não dei bola e voltei pros meus flyers. Uns 2 minutos depois uma outra staff do Holiday Shinjuku fala para as meninas formarem uma fila. Eu pensei em entrar no final da fila, mas como eu seria uma exceção, resolvi ficar na minha. Ainda bem, porque nessa hora o sujeito volta e me diz agora um pouco mais claro "estamos encerrando as atividades de hoje. Pode se dirigir para a saída, por gentileza". FDP! Tá me expulsando mesmo! Eu disse pra ele que eu tinha pedido para a staff da banda para tirar uma foto com os integrantes, e ela me disse que se eu ficasse até o final, podia ser que eu conseguisse. Ele meio que fez uma cara que ia ceder, se afastou e foi falar com a outra staff que estava alinhando as lolitas. Falou bem brevemente, voltou pra mim e disse "é, parece que hoje está programado só para as meninas que estão de lolita tirarem a foto, então você vai ter que se retirar mesmo". "Ok, posso só ter mais uma palavrinha com a staff da banda? Depois eu saio". Sem me responder ele meio que indicou que sim.
Voltei para a mesma staff de antes, expliquei a situação e perguntei se eu poderia pelo menos receber uma assinatura dos integrantes no meu cd. Ela ainda me deu esperanças perguntando quem tinha me falado pra sair, como se fosse tomar alguma providência, mas depois que eu indiquei, ela continuou na dela, e disse que se eu pudesse ficar até o fim, era possível que eu recebesse os autógrafos, porque agora os integrantes da banda não estavam mais no backstage. Como não era o caso, ela se desculpou e eu disse que tudo bem, afinal não é culpa dela. Mas tudo bem, a banda é uma merda e só quer tirar foto com lolitas, então engulam as lolitas que eu tenho mais com o que desperdiçar meu tempo.
Nessa hora que eu estava falando com a staff, uma outra staff veio com uma câmera toda engraçada, parecia câmera de criança com os ângulos arrendondados, e de cor laranja e branca. Ou seja, era com essa câmera que elas tirariam as fotos e provavelmente venderiam para quem quisesse, como sempre fazem aqui ou em parques temáticos.
Não me importei muito, só fiquei meio puto de ter esperado um tempo para nada.
Pedi licença para as lolitas na fila e fui em direção a saída, como tinha sido instruído. Do lado de fora, em frente à Cd Holiday, estavam os integrantes da banda com uma lolita sentada em uma cadeira no meio deles segurando um coelho rosa de pelúcia. Puto da vida com um show ruim e a primeira situação escrota em um show aqui, ver aquela cena, algo tão ridículo beirando o patético, foi frustrante e irritante.
Voltei para casa com o brinde que eu recebi no início do show, que nem sabia que era brinde da banda, pois vinha em uma caixa xadrez verde e branca, escrito "AnyTime" no meio. Abri e vi algo cinza com o logo da banda no meio. Tirei do saco plástico que envolvia a "coisa" e aí que eu reparei que era um espelho portátil, para retoques de maquiagem.Que útil! Ainda bem que eles dão esse tipo de brinde sem se preocupar se vão ter homens na platéia.
Eu até entendo que eles devem saber que tem tão poucos homens que vão a um show deles, que eles devem achar que esses homens irão entender se receberem algo assim, e foi o que aconteceu. A diferença é que provavelmente eu vou usar esse espelhinho, e provavelmente para retocar maquiagem....

Ouvindo: Kagrra, - Chikai no tsuki